Os leitores assíduos dos grandes jornais e das revistas de maior circulação habituaram-se a ouvir falar em Bechara Jalkh: sempre que um caso policial rompe a barreira do usual, do rotineiro, ele é chamado a intervir; e quando não contribui decisivamente para esclarecer o mistério é, no mínimo, convidado a opinar sobre ele.
Neste livro, prefaciado pelo criminalista Rui Medeiros, o detetive não apenas relata alguns casos importantes que deslindou, como enumera as armas de que dispõe no combate ao crime. Foi graças a essas armas que Bechara Jalkh resolveu casos intricados como o de Van e Lou; ou do milionário norte-americano Humphrey Wallace Tomey; ou do conde nazista Jacques de Bernonville. No relato de cada um deles o detetive se mostra não apenas um especialista dentro do seu ofício; ele é capaz de recolher também, em cada caso, o elemento humano que o faz transcender os simples limites da história policial. Como no relato que fez dos dois casos de seqüestro de que foram vítimas os meninos Celso Eduardo e Marcus Vinícius. Entre tantas histórias de mortes, subornos e crimes sob encomenda, o caso mais rumoroso no qual se meteu foi o desaparecimento de Carlos Ramires da Costa, o Carlinhos, em 1973.
Um livro que certamente enriquecerá os seus leitores, não só pelo seu caráter didático, mas também pelo modo como aborda a velha questão das grandezas e das miséria humanas.