“De repente, sem outra forma de processo, o Conde dá ordem para enforcar imediatamente ‘esses malditos padres e monges’.
A João de Omal, executor da sentença de morte, recomenda ‘que nenhum escape’. E a ordem foi executada: um só olhar para o interior do celeiro nos mostra com quanta pontualidade.
Tal foi, contado nas suas grandes linhas, o último ato de um cruel, mas glorioso martírio. Devemos narrá-lo no seu conjunto e nas suas principais circunstâncias.
Esse martírio constitui um dos episódios mais característicos das convulsões religiosas com que, no século XVI, se realizou a apostasia de várias nações da Europa católica. No momento em que os reformadores acusavam a Igreja Romana de decadência, e de infidelidade às suas tradições seculares de santidade e de heroísmo, é um testemunho brilhante da sua vitalidade generosa e sobrenatural em todos os tempos”.
Religião e Espiritualidade