O livro inicia-se com a constatação de que nem Marx e nem Engels escreveram uma teoria estética, mas deixaram comentários esparsos importantes sobre o tema. Ao contrário do que pensam alguns, esses comentários não são “enfeites” para adornar os textos e nem digressões eruditas, mas, parte integrante do pensamento de Marx e Engels. Há sim, um pensamento estético cuja compreensão, entretanto, exige o conhecimento prévio da teoria geral marxiana e, em especial, das complexas relações com o legado hegeliano.
Cada autor apresentado no livro, mereceu um esclarecedor capítulo em que suas contribuições eram realçadas e seus erros criticados, tendo como referência última o pensamento de Lukács. Tempos depois, um novo horizonte se abriu para o nosso autor com a publicação da obra póstuma de Lukács, Ontologia do ser social. No mesmo período, intensificou-se a discussão sobre a arte na modernidade. Esses dois acontecimentos se entrelaçaram nas preocupações intelectuais de Konder.