Os Palácios Distantes

Abilio Estévez faz em Os Palácios Distantes uma reflexão poética sobre a decadência de Cuba e a luta de seus habitantes para sobreviver. Victorio é um homossexual solitário de 46 anos que vive em um cortiço em Havana. Um dia, às vésperas da virada do milênio, descobre que precisará deixar tudo o que tem, pois o prédio que o abriga será demolido. Recolhendo seus pouquíssimos pertences, ele vai para as ruas à procura de algo que não sabe bem o que é. Precisa encontrar um teto, mas, sobretudo, poesia e sonho. Ele vaga pela cidade em busca de abrigo e acaba conhecendo Salma, uma jovem prostituta perseguida pelo namorado gigolô, e Don Fuco, um palhaço octogenário, que os leva para um teatro abandonado onde, juntos, vão morar e treinar a arte das performances de rua. A cidade natal do autor não é apenas o cenário, mas uma importante personagem da história desse trio. Cheia de vícios e ruínas, Havana é uma presença opressora que forçará, a cada dia, uma luta maior de Victorio, Salma e Don Fuco pela sobrevivência. Neste romance, o leitor fará um passeio pelas sombras da utopia cubana, cheia de terrores e lembranças atormentadas. Os palácios distantes é uma narrativa poética e melancólica sobre a batalha do espírito pela sobrevivência diante das adversidades.