Fruto de uma euforia desenvolmentista que marcou o Paraná nos anos 50, quando se construía o centro cívico e se abriam estradas por todo o Paraná, Paraná vivo, de Temístocles Linhares (publicado originalmente pela José Olimpio em 1953) alarga os estudos sobre o Brasil, levados a cabo com a competência ímpar de Gilberto Freyre, acrescentando à discussão das interpretações nacionais uma latitude nova, em que o processo miscigenador passava por outras etnias, produzindo resultados novos e entusiasmantes. Escrito num estilo límpido, verdadeira obra de escritor, Paraná vivo é um dos títulos fundamentais para se entender a contemporaneidade paranaense.