Paris, a festa continuou

Paris, a festa continuou Alan Riding


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Paris, a festa continuou


A vida cultural durante a ocupação nazista, 1940‑4




Desde o título provocativo, Paris: a festa continuou faz revelações surpreendentes sobre esse momento crucial da história contemporânea. Entre o heroísmo da resistência, muitas vezes pago com a vida, e a adesão (por convicção ou oportunismo) ao ideário nazista, os franceses adotaram as mais variadas posturas no período, durante o qual teatros, cabarés, cinemas e salas de concerto continuaram repletos e animados.

Misto de crônica do cotidiano e história das mentalidades, o livro de Riding descreve a complexa rede de relações perigosas entre os intelectuais e os ocupantes alemães. A perseguição aos judeus; a guerra ideológica entre a imprensa colaboracionista e as publicações clandestinas; a penúria da maioria da população em contraste com a boa vida da elite, abastecida pelo mercado negro; as hesitações, ousadias e contradições de artistas e escritores como Picasso, Sartre, Marguerite Duras, Céline e Camus; tudo isso e muito mais desfila por estas páginas.

Ancorado numa pesquisa rigorosa, o autor parece menos interessado em definir heróis e traidores do que em descrever a zona de sombra entre uns e outros, transmitindo de modo vívido a atmosfera instável daqueles anos, em que cada gesto ou palavra poderia ter consequências sérias para milhares de pessoas. Seu livro é um relato eletrizante, que não perde de vista o absurdo e eventualmente o ridículo contidos nessa passagem trágica da história da Europa.

História / História Geral

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por Gustavo Alonso (22/05/2012) Como foi viver sob a ocupação nazista? O que significou para diversas populações europeias estar sob o jugo da suástica? Depois de viver períodos históricos considerados a posteriori como “negros”, não é incomum que muitas sociedades prefiram o silêncio acerca do passado. Trata-se de uma forma omissa de lidar com a própria história. Mas o silêncio não é a única forma de lidar com o passado. É igualmente comum que as sociedades venham a louvar uma supo... leia mais

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