Penélope é uma adolescente de 16 anos, que vive em uma cidade do Estado de São Paulo, durante a década de 90, e foi diagnosticada recentemente com Transtorno de Personalidade Borderline.
Através da visão e experiências de sua protagonista, o livro torna possível explorar e compreender um pouco mais sobre a condição dos portadores desta patologia, desmistificando ideias errôneas e dando ao leitor a oportunidade de vivenciar os dilemas, o comportamento, a ansiedade, as alterações de humor, a depressão, o sofrimento e os mais diversos aspectos que fazem parte da psique única de um Borderline.
A história conta com uma narrativa dinâmica e se destaca pela sensibilidade, coragem, complexidade e delicadeza com que trata as questões inconfundíveis da idade da personagem título. Adolescentes irão se identificar e adultos serão desafiados a relembrar e experimentar as mais diversas situações e impasses desta época da vida.
Além disso, o livro é permite ao leitor mover-se entre temas de difícil abordagem como o bullying, depressão, automutilação, suicídio, amor e aceitação de uma maneira delicada, muitas vezes utilizando de artifícios como o humor, ironia, fantasia e rebeldia, sem deixar de lado a seriedade e verdade que a temática exige.
A graça do livro está na maneira com que Penélope utiliza de ironia mordaz como forma de analisar diversos aspectos da sua vida. Para isso, conta com sua personalidade que é um mix de imaturidade com amadurecimento precoce. A sua busca incessante por compreensão esbarra em sua armadura moderna: Jeans, All Star Rosa e camisetas pretas. Não tem nenhum Sancho Pança, mas tem a Dra. Ana como sua fiel escudeira.
Jovem adulto