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Por que isso aconteceu?
Por que perdi a pessoa amada?
Por que tenho de passar por isso?
Utilizando uma analogia, comparo minha vida com um quebra-cabeça, o que explica a capa deste livro. As peças desse jogo representam as experiências pelas quais temos de passar. Algumas pessoas têm quebra-cabeça com mais peças, mas o mais importante é o fato de que, por um certo tempo de nossas vidas, buscamos conectar essas peças, colocando-as em ordem, para que tudo se complete. Ainda utilizando essa analogia, comparo algumas de minhas situações de perda com um quebra-cabeça que teve algumas de suas peças perdidas. De repente, sem aviso prévio, sem pedir permissão e sem tempo para entender o que realmente aconteceu, a sensação provocada é a de que não há nada o que se possa fazer. Interessada em minha comparação entre a vida e o jogo em questão, perguntei para algumas pessoas: “O que você poderia fazer se perdesse uma peça de seu quebra-cabeça?”. A seguir apresento as respostas obtidas em minha investigação.
• “Nada, eu deixaria o quebra-cabeça de lado.”
• “Não há mais nenhum uso.”
• “Eu jogaria isso fora.”
• “Eu não sei.”
Respostas como essas me fazem questionar se o mesmo acontece conosco quando temos de enfrentar uma situação de perda – um sentimento de impotência, de desamparo, de inutilidade, ou de incompreensão. Talvez uma das minhas expectativas fosse ouvir a resposta: “Tive de aceitar o fato de que perdi”, e este é o ponto que desejo discutir.
Uma lição que obtenho deste estudo é que as perdas são experiências da vida. Honestamente sei que o fato de aceitar a perda como parte da vida não me isenta de sofrer, fato esse que gostaria de evitar. Independentemente de escolhermos ou não a situação de perda, o sofrimento e a dor existem. Dessa maneira, meu foco pode diferir em termos de escolha, mas não em termos do sofrimento causado por essa escolha.
Psicologia