A Glorinha deste romance, tão estranha, tão patética e tão bela na intensidade de seu drama, está associada de tal modo ao meu espírito, desde o tempo do Liceu, em São Luís, que por vezes confundo, no meu mundo de lembranças, a personagem real e a personagem imaginária. Tinha de ser assim. É ela, cronologicamente, a minha mais antiga criação romanesca. A princípio, sob forma de conto, na gorda pasta juvenil dos textos inéditos; depois, sob a forma de novela, em dois textos impressos. Entretanto, assim como há pessoas de nosso convívio, há também personagens. Fazem parte de nosso mundo, como algo de familiar na sua frequência e na sua intimidade.