"Uma experiência poética única", segundo o próprio Ferreira Gullar, Poema Sujo nasceu com uma força criativa tão poderosa capaz até de antecipar o fim do exílio do autor.
Na Buenos Aires de 1975, Gullar viveu meses devotado e consumido pelo desejo de registrar no papel lembranças, imagens, fragmentos de um passado, como se fizesse uma 'viagem' onírica, mas profundamente realista, marcada por dor e prazer. Hoje, vinte anos depois, o leitor vai saciar-se novamente com os versos 'sujos', mas absolutamente purificados de qualquer sentimento de censura. Sem maquiagem. Com máculas, mas sem maquiagem. Versos, reversos de um autor esfomeado pela busca da expressão. Ferreira Gullar 'mergulhou' em sua viagem de liberdade interior em pleno exílio e só dessa forma - deliberada, voraz - conseguiu criar um marco na poesia brasileira. Um verdadeiro manifesto que transcende o tempo, os limites e surpreende e emociona a cada nova leitura.
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