Mário Peixoto, o mítico cineasta de Limite (1931), possui uma obra literária que permanece pouco conhecida, apesar de sua altíssima qualidade. Ao longo de três décadas, entre 1933 e 1968, foram escritos estes Poemas de permeio com o mar, que vêm a público tardiamente, mas em tempo de permitir que sejam percorridas regiões intocadas. Por possuírem as mesmas inquietações e perspectivas, estes poemas não distam das imagens de Limite, dos versos de Mundéu (1931) e das duas versões de O inútil de cada um (1934 e 1984). (site Aeroplano)