O mais importante documento poético-político da antiguidade das Américas, o Popol Vuh, Livro do Conselho, ou Livro da Comunidade, guarda a cosmogonia, o amanhecer da natureza e da humanidade, a mitologia heroica, a história e a genealogia dos Maias-Quiché da Guatemala.
A tradução crítica de Josely Vianna Baptista resulta de um esforço de interpretação do original maia-quiché a partir do confronto entre sete traduções feitas diretamente dele para o espanhol e o inglês. Ela também consultou, pontualmente, traduções diretas e indiretas em outras línguas, e percorreu uma variada cartografia de estudos, códices e dicionários do período colonial – além de, vez por outra, ter feito uma visita à prosa cerrada do manuscrito do frei dominicano Francisco Ximénez, a versão mais antiga do Popol Vuh que temos disponível.
A edição da Ubu conta com notas e uma introdução da tradutora, e o prólogo, a introdução e as notas que acompanham a versão do manuscrito de Ximénez traduzida para o espanhol pelo erudito guatemalteco Adrián Recinos. Grande conhecedor das culturas mesoamericanas, em sua introdução Recinos traz informações detalhadas sobre o Popol Vuh e seu entorno histórico e cultural. Há ainda um texto do arqueólogo Daniel Grecco Pacheco sobre o papel e a importância deste livro clássico.
Josely Vianna Baptista é tradutora do espanhol e do guarani, e poeta.
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