Por cima do mar, de Deborah Dornellas, venceu o Prêmio Casa de Las Américas 2019 como melhor romance brasileiro do ano.
No livro, Dornellas dá vida à Lígia Vitalina, uma mulher negra, historiadora, que vive em Angola. Passou a infância em Ceilândia junto à família pobre. Conheceu melhor o Plano Piloto só quando entrou na Universidade de Brasília, onde a tímida garota se sentia “invisível”. Ela esbarrou com Lígia em Angola, que visitou em 2016. Já era leitora de escritores angolanos e tinha interesse por cultura de matriz africana. A experiência ajudou a delinear a trajetória da personagem fictícia, colocada em momentos históricos.“Eu brinco com fatos da história no livro. Eu inseri meus personagens em acontecimentos que li em jornal ou em outras fontes”, explica.
O livro conta com ilustrações feitas pela própria autora. “Vou fazendo porque gosto. Gosto de me expressar muitas vezes por desenho e não por palavras. É um refrigério”, diz. Pegou elementos da história do livro para fazer os desenhos digitais. Metade das artes estarão expostas no lançamento do livro.
Literatura Brasileira / Romance