Nas últimas décadas, verificou-se um crescimento extraordinário do encarceramento na América do Sul, com algumas variações nos contextos nacionais, mas todos no marco de uma mesma tendência. Há vinte anos, as taxas de encarceramento eram relativamente baixas na maioria dos países da região. Certamente não é uma tarefa fácil reconstruir os dados oficiais de tal período. Em 1992, deixando de lado pequenos países do norte da América do Sul que possuíam menos de um milhão de habitantes, tais como Guiana, Guiana Francesa e Suriname, apenas três países contavam com 100 presos ou mais para cada 100 mil habitantes: Uruguai (100), Venezuela (133) e Chile (154). Em vários contextos, apresentavam-se taxas “escandinavas”, tais como a Argentina (62), Peru (69), Equador (75) e Brasil (74).
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