Protestantismo Tupiniquim

Protestantismo Tupiniquim Gedeon Freire de Alencar


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Protestantismo Tupiniquim


Hipóteses sobre a [não] contribuição evangélica a cultura brasileira.




Para o sociólogo Gedeon Alencar, a teologia é mais fruto de contextualização cultural do que revelação divina.



O pensamento crítico não é lá muito valorizado no meio evangélico. Pudera – em boa parte das igrejas, qualquer questionamento costuma ser visto como rebeldia. Por isso, pensadores como Gedeon Freire de Alencar nem sempre têm seu trabalho reconhecido no segmento. Graduado em filosofia, mestre em ciências sociais e diretor pedagógico do Instituto Cristão de Estudos Contemporâneos (Icec), além de presbítero da Igreja Assembléia de Deus Betesda, em São Paulo, Gedeon escreveu um livro polêmico.





Protestantismo tupiniquim (Arte Editorial) é uma obra que analisa criticamente posturas e comportamentos da Igreja Evangélica nacional. Inclusive, algumas evoluções, como a mudança de atitude diante de manifestações artísticas e culturais até bem pouco tempo vistas como profanas.



Segundo Gedeon, muitas coisas que já foram consideradas pecaminosas pelos crentes de outrora hoje são vistas com outros olhos justamente porque nada tinham de espirituais ou carnais. “Esse juízo de valor nem sempre é apropriado. É o caso do rádio e da TV, que de malditos passaram a ser usados maciçamente para o evangelismo”, opina. Por isso mesmo, diz o pesquisador, é preciso analisar a teologia sob o ponto de vista contextual: “Embora os teólogos digam que teologia é uma produção divina, a verdade é que ela é uma produção humana adequada ao seu tempo”. O exemplo mais claro é a chamada teologia da prosperidade, que ganhou força nos anos 1970, acompanhando o processo de urbanização. “Ela só poderia florescer numa sociedade urbana e de consumo”, enfatiza. “É a legitimação do aburguesamento da classe média evangélica.”



No Icec, Gedeon leciona as disciplinas metodologia científica, filosofia, cultura e Evangelho e sociologia da religião. Além do seu trabalho docente, participa de diversas entidades acadêmicas, como a Associação Brasileira de História da Religião e a Rede de Teólogos e Cientistas Sociais do Pentecostalismo na América Latina e Caribe. Atua também como consultor e palestrante, sempre abordando a inserção do Evangelho nas questões sociais brasileiras.

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on 7/4/15


“Antes de acusar a Igreja Batista desse adesismo e deslumbramento com os EUA é bom lembrar [...] que esta síndrome acontece em todo o país” (p. 65). Alencar possui uma forma de escrita muito abrasileirada e abundante em senso humorista. Este acadêmico que é bacharel em Filosofia pela UECE, mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista e doutor na mesma área pela PUC-SP, trabalha em Protestantismo Tupiniquim as possíveis (ou não) contribuições do protestantismo na produ... leia mais

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PrJosimar
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01/09/2009 17:18:19

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