O livro possui capítulos alternados, ora sendo narrado por Isabelle, uma senhora de 89 anos, contando sua história de vida, ora por Dorrie, cabeleireira, divorciada e mãe de dois filhos.
As duas são amigas há muitos anos, desde que Isabelle frequenta o salão em que Dorrie trabalha e, agora que está com a idade avançada, ela passou a ser atendida em casa, o que só fez com que esse laço entre as duas ficasse mais forte.
Mesmo que 70 anos já tenham se passado desde a juventude de Miss Isabelle, essa amizade ainda era vista como inapropriada, por Dorrie ser negra, e as duas, enquanto viajam para Cincinatti, para um velório, são vítimas de olhares e comentários racistas.
E foi nessa viagem de carro, enquanto fazia palavras cruzadas, que Isabelle contou para Dorrie sua triste história. Falou de Robert e Nell, filhos da empregada de sua família e seus amigos de infância; de como descobriu estar apaixonada por Robert; de como ele era inteligente e tinha o sonho de ser médico, para salvar vidas; falou dos planos que eles bolavam para se encontrarem às escondidas e do quanto sua família foi dura quando descobriu o amor dos dois.
Isabelle e Robert viviam em um estado onde o racismo era enorme, por isso decidiram fugir para outro lugar, para que pudessem casar.
O final do livro me surpreendeu muito, pois passei grande parte da história imaginando que o velório seria de um determinado personagem. E isso acabou comigo.
Quanto a Dorrie, essa viagem fez com que ela repensasse muitas coisas sobre sua vida, e se permitisse uma nova chance no amor.
Isabelle é uma mulher forte e inspiradora, que amou demais e teve o coração partido pelas circunstâncias da vida. É um livro lindo e emocionante, que traz muito mais do que a sinopse apresenta.
Sofri muito lendo essa história, mas foi um dos melhores livros que já li!