A Alquimia da Tempestade (1 #1) -

    D.G. Ducci

    7Letras
    2016
    106 páginas
    3h 32m
    ISBN-13: 9788542104578
    Português Brasileiro

    "Alquimia da Tempestade" não é uma obra de ficção, como nos diz o próprio autor, ao final do livro: trata-se de uma quase-autobiografia poética. O que diferencia esta obra de outras tantas coletâneas de poemas são as pistas deixadas, ao longo das páginas, de que se trata de uma jornada no estudo de poesia, na qual mescla-se o Romantismo ao clássico Árcade (“Eu, querida, não sou aventureiro” / “Eu, Marília, não sou algum vaqueiro”), ou à homenagem aos dois amores do soneto 144 de Shakespeare em “Dúbio guerreiro”. A maturação do poeta leva à alquimia de uma tempestade.

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    Natalia Araújo30/04/2017Resenhou um livro
    4 (Muito bom)

    Poesias de um coração para outro coração

    Vocês já devem estar cansados de saber o quanto gosto de poesia. Quando recebi o convite para ler A Alquimia da tempestade, não pensei duas vezes e resolvi conhecer a escrita do autor. Neste livro não estamos diante de uma obra de ficção, segundo o autor, trata-se de uma quase-biografia poética. Contemplamos desde o Romantismo até o clássico Árcade. Ainda somos brindados com uma homenagem aos dois amores do soneto 144 de Shakespeare. O autor nos mostra que conhece do que escreve, apresenta-nos de forma pura e toca-nos com as palavras bem encaixadas, ora com rimas, ora sem elas. Porém, sempre primando para nos carregar em suas emoções veementes. Como diz o autor, o princípio exala ingenuidade, com o erotismo pueril de se comparar os cabelos da musa com “ondas negras”, ele ainda trata como “rosa mais formosa”. Temos em sua obra amor, paixão sem limites, dor, tristeza e diversos sentimentos, e a solução apresentada por Ducci parece inusitada: desistir do amor mundano, e buscar ser o “anjo em vida” de sua amada. Pode parecer um pouco estranho, por isso o “inusitado”. Há quem defenda, há quem discorde e há quem fique neutro no assunto. Não há muito o que falar e nem se aprofundar, as poesias por si só já dão conta do recado. Não conhecia o autor e confesso que me surpreendi. O que me incomodou um pouco foi a capa, achei bem simples e nada chamativa. A diagramação segue um padrão simples e sem adereços. Para quem curte o gênero, certamente vai adentrar num tipo de poesia diferente do habitual, mas bem escrito. Quotes: “Nessa corrente de tolos, grilhões não me prendem; só afetam gente fútil. Eu poderia ser um deles, mas prefiro ser um pária.” (p. 26) “Mas nem ela nem ninguém leem a gente [...] Mas só dois ou três (de nós) ainda leem poesia” (p. 32)

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