Claudinei 27/10/2021
O pai do Tokusatsu?
Que presente os fãs de Tokusatu receberam da editora New Pop, praticamente a obra do precursor do gênero, Shotaro Ishinomori, Kamen Rider de 1971 .
Aos saudosistas que tiveram o privilégio de poder acompanhar a programação da extinta TV Manchete com certeza se lembrarão das aventuras de Issamu Minami, que acredito eu, tenha sido o primeiro Kamen Rider (primeiro, pois tem muitos) apresentado ao público brasileiro, na luta contra o exército de monstros comandados por seu irmão Shadown Moon. Pois bem, aqui nessa edição vemos o primeiro Kamen Rider de todos, o jovem Takeshi Hongo, estudante de Biologia, que além de muito inteligente é também bem desenvolvido fisicamente, despertando assim o interesse de um grupo secreto conhecido como Shocker, que sequestra pessoas que atendam esses requisitos e as transformam em monstros a fim de criar um império que domine os demais humanos considerados inferiores por eles (bem típico da época), todavia os experimentos em Hongo não saem como esperado e assim eles praticamente criam um ciborgue que se torna a barreira entre eles e seus objetivos, eles acidentalmente criam o herói que irá lutar pela justiça e pelos oprimidos!
Takeshi com a ajuda de seu professor e posteriormente de seu mordomo combate os primeiros enviados pela Shocker para mata-lo, aqueles vilões clássicos de Tokusatsu, mutantes híbridos de humanos e animais que possuem as características desses seres como, Homem Aranha, Homem Morcego e Homem Cobra, o que garante ação do começo ao fim do mangá.
Escrito e desenhado pelo próprio Ishinomori o roteiro é simples, cheio de clichês característicos do gênero Tokusatu, cheio de frases heroicas e de efeito por parte do protagonista, a arte em determinados momentos lembra a do Osamu Tezuka, em outras a anatomia dos personagens está bem fora de esquadro, mas nada que tire o prazer da leitura, pelo contrário, o autor sabe usar bem os recursos de dar movimento e ação as cenas.
Já estou com os três volumes da série ansioso para continuar a leitura.
@Leitor1986