Mágico Vento Vol. 6 - Faca Comprida

Mágico Vento Vol. 6 - Faca Comprida




Resenhas - Mágico Vento Vol. 6


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Gárgula 07/03/2022

Mágico Vento 6 E 7, O encontro com Uncegila
Uma história em duas partes
Aos que acompanham minhas leituras de Mágico Vento, os números 6 e 7 fecham uma única história em duas partes com o encontro com o Deus Serpente Uncegila. Intituladas Faca Comprida e O Filho da Serpente respectivamente, elas trazem uma mistura religiosa interessante dentro do Velho Oeste.

O enredo de Manfredi se une à arte cheia de expressão de Barbati e Ramella. A tradução é de Júlio Schneider e ambas são publicadas pela Mythos Editora.

A vingança imortalizada
Tudo começou com a morte de Cavalo Manco, guia, mentor e podemos dizer a figura paterna de Mágico Vento. Mas sua decapitação é seguida de horripilantes eventos. Um dos mais estranhos é que sua cabeça sumiu, por isso, seu espírito não está em paz.

Apesar do estranho estopim, Mágico Vento e Poe estavam na cidade fantasma de Blizzard (que aparece com mais propriedade no encadernado Mágico Vento Deluxe n°8 – Blizzard!). Eles acabam levados pelo estranho índio Mata-a-si-próprio e descobrem o terrível acontecimento com Cavalo Manco.

Acometido por uma visão, Mágico Vento busca aconselhamento enquanto Poe faz investigações mais palpáveis. Ambos acabam por encontrar pistas que os levam à uma triste história de campos de concentração da Guerra de Secessão e uma velha vingança. Você não leu errado não! Existiram campos de concentração tão malditos e inumanos durante esta época da história americana.

Um caldeirão de culturas e vidas
Entretanto, quando você acha que a história não poderia ganhar nuances mais estranhas, seu enredo escala o bizarro e vai além. Percebemos como o Velho Oeste foi palco não apenas de dor e violência, mas também de uma mistura étnica, religiosa e cultural que vai além da dualidade pele branca e pele vermelha.

O mundo espiritual e místico de Mágico Vento se depara com outras realidades religiosas, engrossando o caldo. O mais legal é ver isso ocorrer com muita naturalidade, dando a entender que na visão indígena estas outras religiões e espíritos existem sim e não devem ser ignorados, mas sim respeitados.

O quadrinho de forma alguma é panfletário, pois tudo é posto da melhor forma possível. Paralelos são feitos entre as visões das divindades e quem ganha é o leitor, com uma história cheia de segredos. Realmente não poderia ser contada inteira em um único volume.

No grande plano, as maquinações se perpetuam. Poe e Mágico Vento ainda lutam para provar os absurdos perpetrados por homens como Howard Hogan e Eddy Fender, senhores ricos e poderosos que mantém todos sobre seu julgo. Hogan é o grande vilão desde o primeiro volume, se mantendo neste plot maior que vai sendo explicado a cada número de Mágico Vento.

Considerações finais
Em suma, dois números incríveis que deixaram os apaixonados por um excelente weird western mais do que agraciados. A mistura social é um fator que adensa a narrativa, saindo da dualidade entre índios e colonos.

O personagem e sua história me cativaram demais, sendo hoje uma das melhores leituras que faço continuamente. A história principal está longe de acabar e mesmo sabendo disso, quero que venham mais volumes.

Me conta o que achou nos comentários. Se você não leu ainda Mágico Vento, deixo minha indicação mais forte para que o faça o quanto antes!

site: http://cavernadocaruso.com.br/sexta-feira-13-82-magico-vento-6-e-7-o-encontro-com-uncegila/
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