Tico Menezes 19/11/2022
Pausa para respirar e mover as peças do tabuleiro
Após o sangrento e desolador volume anterior, o leitor tem uma breve calmaria neste quarto encadernado. Não que esse momento dure muito, claro, estamos falando de Chainsaw Man.
Aqui conhecemos Kishibe, o Quebrador de Brinquedos, e, pra variar, é mais um personagem espetacular! Seu treinamento com Power e Denji é engraçado, pesado e promissor. Muito bem escritos, os diálogos são um convite à reflexões mais profundas - como é comum nesse mangá.
Temos um aprofundamento na figura misteriosa de Makima que aqui, finalmente, começa a ser mais direta no trato de seus oponentes. Há uma sequência pesadíssima dela lidando com os sequestradores de Denji e, mano, que diabo é o poder dessa mulher? E que metáfora forte para as operações ilegais feitas dentro de uma lei que protege as instituições, hein? Sensacional, como sempre.
E Aki conquista nossos corações mais uma vez, agora com uma melancolia curtida e sentida pelos leitores. Não julgo suas atitudes aqui, mas sinto pelo destino trágico que o espera.
Chainsaw Man é bom até quando desacelera, simplesmente porque controla seu ritmo com a mesma força e esperteza que Power controla seu sangue.