Cidade de Vidro

Cidade de Vidro Paul Auster...




Resenhas - Cidade de Vidro


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Dhiego Morais 30/03/2022

Vale uma releitura
#liemderryindica | Cidade de Vidro | de Auster & Karasik & Mazzucchelli | Graphic Novel | @editoramino | 144p | parceria

? Hey, povo de Derry! Hoje tem quadrinho por aqui!

"Cidade de Vidro" se trata de uma das grandes (e premiadas) histórias do mestre Paul Auster, cheia de referências e interpretações, desta vez adaptada por Karasik e ilustrada por Mazzucchelli! Uma história tão difícil de ser adaptada que o próprio Auster duvidava se isso seria um dia possível (sem que perdesse a beleza e a surpresa da trama).

Em cena, encontramos Daniel Quinn, escritor de mistérios absolutamente famosos sob o pseudônimo de William Wilson. Em determinada noite, nosso "herói" recebe uma ligação estranha de uma pessoa querendo falar com Paul Auster (sim! Hahaha). Nessa ligação, Quinn, fingindo ser Auster, se interessa pelo mistério: um homem chamado Peter Stillman está em perigo.

Fisgado pelo estranho caso, Quinn encontra o Sr. e a Sra. Stillman em sua casa e lá o mistério aumenta: o pai, também Peter Stillman, aparentemente está em busca do filho, Peter Stillman, e o casal teme pelo futuro, afinal, quando criança, o jovem Stillman foi alvo de um experimento do pai, que buscava encontrar a linguagem de Deus ao privar a criança do contato com outras pessoas.

A história de Auster, cuidadosamente adaptada por Karasik e Mazzucchelli, traz todo um ar de suspense e mistério que se fundem à inúmeras referências clássicas, que vão de Dom Quixote e Torre de Babel até Edgar Allan Poe. Auster brinca com a existência de Doppelgangers e leva leitor e protagonista à beira do precipício, cutucando os nervos enquanto questiona: quem realmente é Daniel Quinn? E por que tudo isso está acontecendo com Stillman e Quinn?

Não se trata de um quadrinho de fácil compreensão, então vale a pena uma releitura, aproveitando também as ilustrações.

A edição da Mino evidência todo um cuidado, um zelo pela obra de Auster e Mazzucchelli, num volume único em capa dura e com fitilho, além de um prefácio incrível por Art Spiegelman (Maus).

E aí? Bora ler mais quadrinhos? Vamo, Brasil, brasileiros!
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Flavio - @geekcorp303 05/02/2024

Interessante
Desde o lançamento essa obra me intrigou e SP agora consegui adquirir, quando comecei a ler achei que não iria curti tanto, mas no desenrolar foi maravilhoso, o mistério foi instigante, me perdeu e no final e tive uma ótima experiência.
Rodrigo.Macedo 06/02/2024minha estante
Comecei a leitura desse agora. Terminei o prefácio do Art Spiegelman.




_Jorgeft 23/03/2022

Entendi nada!
Devo admitir que não entendi absolutamente nada!

Mas também devo admitir que é um quadrinho belamente ilustrado, com uma história bem mais profunda e com amplas interpretações. Vou ter que ler mais umas duas ou três vezes para entender melhor e ter uma opinião concreta... Com essa primeira leitura afirmo que essa é uma HQ que vale muuuito ser lida!
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Henry 16/04/2022

Belas filosofias e um mar de confusão
Essa é a definição perfeita do que achei da obra. Um livro que traz reflexões incríveis sobre a vida, de uma forma que eu jamais havia parado pra pensar.

No entanto, no primeiro e último terço do livro, há uma série de informações que fizeram minha cabeça girar e finalizei o livro sem entender, ao certo, sua real mensagem.

Isso faz a HQ ser ruim? Não, claro que não. Mas pela dificuldade que tive de desvendar o quadrinho (e sim, há grandes chances disso ser culpa minha), não consegui dar uma nota maior, pois não aproveitei a obra por completa.

Os desenhos são satisfatórios. Nada demais, mas tampouco atrapalha.
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David713 12/09/2022

Caí num hype-armadilha
A capa e a edição são bonitos, mas a história me pareceu sem sentido e sem entretenimento algum. Pode ser que eu não tenha entendido e que não tenha os pré-requisitos necessários pra curtir a obra, mas foi uma frustração. :(
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Marc 13/04/2024

Quando li essa história pela primeira vez, já conhecia Paul Auster. Seu livro “A invenção da solidão” havia me chamado a atenção na prateleira da biblioteca da faculdade e o peguei para ler. Mas não prossegui descobrindo outros livros do autor. Para mim, naquele momento, Auster escrevia sobre memórias e relações humanas, com uma grande profundidade, mas eu não imaginava que ele poderia escrever uma espécie de livro policial que flertasse com a questão da linguagem e da escatologia cristã. E, para ser franco, quando li a primeira edição dessa hq, ainda não conhecia muito sobre esses temas, o que me levou a passar ao largo de toda a profundidade que essa história é capaz de alcançar. Para quem tem algum tipo de preconceito com hqs, leia “A trilogia de Nova York” de onde essa história foi tirada — mas se prepare, porque essa é a primeira história e é a mais simples de todas.

O “vilão” da história é um intelectual que formulou uma teoria, com base em sua interpretação pessoal de “Paraíso Perdido” de Milton. Ele diz que o livro consegue mostrar que a linguagem também sofre uma queda quando Adão e Eva são expulsos do paraíso. Antes as palavras eram límpidas e significavam coisas, conseguiam dar conta de toda a dimensão de um objeto, de um ser vivo, de emoções, enfim, de tudo que existe. Mas, depois da queda, elas perderam o referencial, se descolaram do Ser e se tornaram incompletas. Ele dá o exemplo de um guarda-chuva que mesmo depois de quebrado, ainda é usada a mesma palavra. Sua missão de vida seria resgatar essa ligação com o Ser, com Deus, retomar a substancialidade das palavras e criar uma nova linguagem.

A Torre de Babel marca outro ponto dessa queda dos homens. Ela havia sido construída capaz de chegar aos céus e suas dimensão eram praticamente inimagináveis para nós. Mas Deus, enxergando as reais intenções dos corações humanos, faz com que seus construtores falem línguas diferentes e não sejam capazes de se compreender, o que provoca falhas em sua construção e a dispersão da humanidade por toda a terra. Até aquele momento, mesmo falha, a linguagem era uma só, os homens eram capazes de se entender e buscavam todos o mesmo objetivo, mas, assim que as línguas se diferenciam, experiências são narradas de modo diferente e nada mais pôde ser unificado. Peter Stillman, o intelectual que almeja criar uma nova linguagem, entende que nesse momento, não bastasse a linguagem estar separada de Deus, ela ainda se diversificou, tornando mais distante ainda a compreensão da realidade.

A única saída para os homens seria essa reconstrução. E aqui é que a história entra no aspecto escatológico, que vai desencadear toda a ação. Como fazer com que a humanidade resolva seus problemas se a cada palavra existe um ruído que torna imprecisa não apenas a compreensão do que ouve, como o próprio entendimento daquele que está falando? A salvação só pode vir depois que esse vão entre as palavras e as coisas for desfeito. Não existe nenhuma forma de salvação que não encare esse problema. É por essa razão que ele decide isolar seu filho do mundo, trancando-o em um quarto para que não seja contaminado com a linguagem atual. Ele esperava que, livre do contato humano, pudesse emergir o pensamento puro, que o ajudaria a refazer esse caminho e salvar a humanidade. Mas seus planos foram frustrados porque a polícia libertou o menino e ele foi preso. Daniel Quinn, o escritor que perdeu a esposa e o filho e vive só, em NY, é acionado por engano para tentar proteger o filho de possíveis investidas do pai, já que ele será solto depois de vários anos na prisão. Esse é o mistério policial do livro, que tem um fundo filosófico muito interessante.

Agora, imagine o que significa esse projeto. De fato, a interpretação que Paul Auster coloca para o livro de Milton é muito pertinente. É fácil de perceber o desespero de Adão e Eva ao se afastar de Deus, o surgimento da dúvida em suas cabeças, a imprecisão que a escolha entre bem e mal a cada passo do caminho acarreta. Essa imprecisão é fruto do descolamento do homem em relação a Deus, pois onde antes havia sempre o Bem, agora existe uma escolha, sem a garantia dos resultados, porque se houvesse o conhecimento pleno do Bem e da Verdade, não existiria a necessidade de escolha. A partir dessa interpretação, o livre arbítrio soa como uma conseqüência da queda. E não tenho capacidade de resolver esse problema, claro, mas considero interessante de se pensar a partir dessa interpretação. Sei muito bem que Paulo, Agostinho e Tomás de Aquino lidaram com essas questões, mas não sei até que ponto o tema da imprecisão da linguagem aparece neles. No entanto, dentro do âmbito que Paul Auster define, o projeto de salvação da humanidade está fadado ao fracasso, pois em nenhum momento seu personagem pensa em retomar esse laço que o unia a Deus. Ele sonha exatamente como os criadores da torre sonharam, como se suas forças fossem capazes de afrontar Deus, desprezando toda a distância que nada mais é do que o pecado da desobediência, o pecado original.

Esse “esquecimento”, que caracteriza todos os projetos de salvação da humanidade ao longo de sua história, determina todo o restante. A verdade não pode ser alcançada enquanto essa separação existir, o que significa dizer que a humanidade jamais poderia construir uma linguagem pura e todo o restante necessário à salvação desmoronaria na seqüência, por não ter o lastro da verdade em sua origem. Ao homem, portanto, resta apenas o sentimento do vazio e essa vontade de se salvar, mas o amor ao pecado continua em cada coração. Eu gosto muito da maneira como esse livro dialoga com o de Milton, como se sondasse as possibilidades a partir do que foi deixado. E mostrando o quanto nossa missão é tola, porque ao assumirmos o fardo de nossa própria salvação, teríamos que saber restituir essa linguagem, essa capacidade de reconhecer a verdade completa, como era possível somente no paraíso, ou seja, um passo só aconteceria se houvesse o outro. Mas se conseguíssemos nos aproximar de Deus, não haveria mais a necessidade da salvação.

Essa é uma outra maneira de falar, usando termos diferentes, sobre as impossibilidades dos projetos revolucionários. Eles esbarram na apreensão da realidade, são incapazes de reconhecer as limitações do intelecto humano e, invariavelmente, todos que sonham com a salvação da humanidade, terminam escravizando até mesmo aqueles que amam. É como se, voltando aos termos de Milton, os projetos revolucionários conhecessem apenas a queda, e tivessem como lembrança da Verdade não ela mesma, mas o espaço que ocupava dentro de nós. E esse espaço, eles dizem, pode ser ocupado por qualquer coisa, uma vez que todas elas tem algo de verdade dentro de si. O que não é mentira, que fique claro, mas o problema está em que nós não somos capazes de perceber essa tal verdade e rapidamente a substituímos pelo efeito que desejamos que ela realize. Como se vê, mais uma vez o pensamento cristão estava à frente e explicou que todas as vezes que os homens buscassem a salvação por si mesmos, se fixariam nos efeitos e não seriam capazes de atentar para o que estavam colocando como salvação, quer dizer, idolatrariam qualquer coisa que pudessem colocar num altar.

Outro efeito que aparece dessa imprecisão, desta vez me limitando apenas à história, é a perda da identidade de Quinn. É muito lógico que dada a imprecisão da linguagem, já que ela falha em nomear até objetos simples, falharia também em relação às pessoas. Quinn já começa a história vivendo a confusão entre três nomes. Para cada um deles, uma personalidade. E, aos poucos, ele vai se apagando, conforme o caso se complica. No fim, evocando outro filósofo, resta apenas o pensamento como certeza de que ele existe. Tudo o mais está posto em dúvida, absolutamente tudo. Então, é o próprio pensar que lhe assegura que existe; não é necessário nem mesmo comer, basta continuar escrevendo. E, como uma espécie de brincadeira, mas muito séria, porque é como se Quinn tivesse perdido sua materialidade, o caderno que levava consigo simplesmente chega ao fim. O que resta, uma vez que tudo era somente pensar?
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Manuela222 27/04/2024

Um brinde aos quadrinhos brasileiros
Dei de cara com esse quadrinho em um pub, sua capa linda me atraiu para lê-lo. Não tenho costume de ler quadrinhos.
A história é única e de complexa compreensão, mesmo depois de ter terminado, não tenho certeza se fiz jus ao seu verdadeiro significado.
Apesar disso, é um bom livro que, apesar de abranger de temas diversos com maestria, acredito que acabou cedo demais.
O potencial desse livro é, realmente, inegável, mas julgo que lhe faltou um critério de paciência em seu desenvolvimento.
Enfim, uma leitura boa, fico feliz por ter lido ela.
(Amei o fato dela ser nacional!)
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Aline ig @escape.abacharel 16/03/2022

HQ muito boa!
Essa HQ é uma adaptação de um dos romances de Paul Auster. Cidade de vidro é o primeiro texto da Trilogia de Nova York.

No enredo, temos o personagem principal, Daniel Quinn, que é um escritor famoso. Em um determinado dia, ele recebe um telefonema de um misterioso Peter Stillman. Então, ele começa a vagar pelas ruas da cidade de Nova York a fim de encontrar com esse estranho e se passar por um detetive.

Ao se encontrar pessoalmente com Peter, lhe é contada sua história de quando era criança. Peter Stillman foi uma criança selvagem, mantida isolada, longe de contato com outros humanos. Isso tudo por conta do desejo de uma experiência do seu pai, que queria encontrar uma nova língua: ele queria saber se Deus tinha uma linguagem. E achava que a criança pudesse falar essa língua se ela não visse gente.

Quinn, então, é contratado por Virginia Stillman para proteger Peter Stillman, seu marido. Cada vez mais ligado a essa história que ele está investigando, Quinn começa a se perder no caso, ficando mais e mais obcecado.

Cidade de vidro tem diversas referências a personagens de outros livros: William Wilson, do conto de Edgar Allan Poe; Quixote e Sancho Pança de Dom Quixote; Humpty Dumpty de Alice no País das Maravilhas.

William Wilson é o pseudônimo de Daniel Quinn, o escritor de mistérios. William Wilson é um conto do Poe onde há duas pessoas com o mesmo nome (que na verdade são doppelgängers). Peter Stillman é o nome tanto da pessoa que liga para Quinn quanto o nome do próprio pai de Peter. Portanto, há várias alegorias nessa história, por exemplo até alegorias bíblicas, como A Torre de Babel. É uma obra bem legal, com uma história de loucura e absurdo.

Não conhecia a obra original de Paul Auster, mas achei que esta é uma adaptação incrível. A obra publicada aqui no Brasil pela Editora Mino está em uma belíssima edição de luxo, em capa dura e fitilho. Adorei ler essa Graphic novel, com uma interessante introdução de Art Spiegelman, autor de Maus.

site: https://www.instagram.com/p/CbKtcRALNkG/
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Dango Yoshio 12/07/2023

Sei lá
Queria que tivesse sido uma leitura proveitosa, mas não consegui entrar na história nem me apegar aos personagens. É confuso, talvez por ser muito filosófico e um tanto prolixo, e às vezes eu me sentia andando em círculos. Não quer dizer que seja ruim, mas pra mim não funcionou.

Talvez em algum momento futuro eu releia e veja coisas que não vi e passe a gostar dessa HQ, mas por enquanto fico só feliz com a arte, que é bem bonita e tem soluções gráficas interessantes.
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Marcos Han 28/02/2022

Resenha
Resenha do livro lido para contagem da leitura no
desafio de leitura anual do aplicativo skoob do ano
2022.
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marcosm 07/07/2022

Cidade de vidro
É bem interessante e diferente dos que estou acostumado a ler.
A arte é bonita em preto e branco. O texto tem momentos muito bons e outros que você fica se perguntado, como assim?
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Rafaah.Meirelles 21/07/2022

Opinião ?
O fim é de explodir a mente! E é impossível não ficar horas ou dias pensando na magnitude do que essa HQ nos oferece. É tudo muito bem ambientado, com aquela atmosfera palpável que preenche tudo ao nosso redor. O traço, as ilustrações são impecáveis, tudo trabalhando em conjunto para nos levar a uma boa imersão.
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Aleatoriedades da Li 12/10/2022

Fui com a expectativa errada
Eu comecei a ler a hq porque achei que tratava-se de um livro de investigação. Mas na verdade é um livro bastante reflexivo sobre vários pontos, e vou confessar que não sei se fui cativada pela história (mas talvez eu não tenha entendido todas as mensagens).
Mas eu acho que se eu tivesse ido com a expectativa correta teria me envolvido mais.
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Trindade 28/07/2023

Interessante
É uma HQ diferente e difícil de entender completamente em apenas uma leitura. Várias pecinhas são dedutíveis e várias se encaixam apenas no final.
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