Miracleman Por Neil Gaiman & Mark Buckingham - Livro Um

Miracleman Por Neil Gaiman & Mark Buckingham - Livro Um




Resenhas - Miracleman Por Neil Gaiman & Mark Buckingham - Vol. 1


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LeandroBurla 26/05/2023

Enfim, a fase Gaiman!
Os fãs de quadrinhos mais veteranos, como este que escreve, normalmente ficam fascinados ao ter contato com o personagem Miracleman. Não se trata de um personagem novo e nem revolucionário no conceito e história. Porém, quando os amantes da nona arte conhecem a história que envolve o personagem em nossa realidade, assume contornos ainda mais épicos e acaba por aguçar mais a curiosidade de quem ainda não teve contato com a obra. Problemas dos mais diversos jogaram uma sombra no pergonagem que mostrou um espírito forte dentro e fora das páginas. Problemas de direitos autorais, enchente que destruiu as artes originais, disputas judiciais e uma (ufa!) operação complexa para aquisição pela Marvel
Se você está lendo isso e não conhece o personagem e/ou não sabe dessas questões, fica a recomendação dobrada.
Esses contornos rapsódicos alçaram o personagem a um status cult. Reforça também o fato que a fase mais conhecida e longeva teve roteiros de ninguém menos que Alan Moore. Para nossa alegria, o que só era possível por garimpos difíceis ou buscas digitais foi simplificado pela publicação caprichada pela Panini em mercado nacional.
Mas o título inicia uma nova fase, por outro autor de igual quilate também egresso da invasão de autores britânicos dos anos 80/90: Neil Gaiman. Autor de Sandman e outras obras multimídia de igual sucesso, ficou com a missão de suceder o "mago" Moore numa nova fase, subsequente.
Mesmo conhecendo ambos os estilos, a "era de ouro" (primeira das três previstas) mostra um mundo estabelecido pela utopia imposta por Miracleman e seus aliados, sob a ótica de pessoas comuns. A narrativa flui naquele padrão idílico, quase poético, ilustrado por Mark Buckingham, um artista bem alinhado com essa abordagem. Me causou estranheza essa mudança de ritmo. Como se uma banda de metal super pesado adotasse algo mais melódico. A experiência não é ruim, mas a impressão é que estamos lendo outro personagem, uma vez que Moore é visceral e literal, enquanto Gaiman é sutil e discreto. Por vezes chega a ser sonolento e sem propósito, mas no fim tudo tem motivo e conexão. Um grande mérito é que a história segue um mesmo rumo, se desenvolvendo e fortalecendo a cada avanço. Sorte a nossa em receber esse presente em pleno 2023. E fica a ansiedade por mais, ainda que sem previsão. Faço votos que não tenhamos mais hiatos gigantes.
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