Silver Spoon #10

Silver Spoon #10




Resenhas - Silver Spoon #10


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Armando.Edra 23/09/2023

E aí, esse romance rola ou não rola!?
O décimo volume segue aquele padrão tradicional da obra, divertido e instrutivo. Nunca tinha parado para pensar em como se calcula o custo de um alimento, no caso bacon e linguiça, e em como isso pode afetar os rendimentos do produtor e a percepção do consumidor sobre o produto.

O que não muda nada em Silver Spoon é o romance entre Hachiken e Mikage que nunca decola. Isso desmerece a história? Nem um pouco, mas é um acontecimento que todo leitor da obra espera que ocorra faz tempo!

A esperança é o mini spoiler que a edição dá com o tema do próximo volume, o dia dos namorados!
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Mr.Sandman 31/12/2023

Volume 10 de Silver Spoon
Mais um volume com uma pegada mais leve mas que funciona muito bem. Mesmo tendo uma linha geral mais leve ainda existem várias camadas no capítulo. É essa capacidade em manter uma continuidade fluída de tudo que busca desenvolver que me trás tanto carinho por essa obra. Ansiosamente no aguardo para o próximo volume!
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Soares.Julio 22/10/2023

Não as julgue pela aparência, é o interior que conta. Estou falando das linguiças
Chegamos aos dois dígitos em Silver Spoon. Obra que leva Hiromu Arakawa numa direção oposta ao de Fullmetal Alchemist, um shonen de porrada, agora caminhando num shonen slice of life sobre a vida do campo em Hokkaido, local onde Arakawa-sensei viveu sua infância. O décimo volume de Silver Spoon é mais um número simbólico do que outra coisa, visto que, a décima edição não traz algo inovador nem uma grande marca. Mas talvez gere um ponto de flexão na vida dos alunos da EzoAgro.
EzoAgro com todo o aparato tecnológico e logístico de uma instituição que cuida da parte agrícola e pecuária ao lecionar, deu suporte para que diversos alunos pudessem pôr a mão na massa e tivessem uma aula de campo, e isso é o que mais importa nesse volume. A compra dos porcos e o grupo envolto, deu liga para que se formasse dentro dos alunos uma aula pratica dos costumes do mercado, e creio que isso levará alguns alunos a decidirem tocar suas vidas com base em alguns seguimentos desse mercado.
O décimo volume me traz um sentimento misto quando revisito ele. Por mais que tenha um teor mais descontraído, de costumes japoneses no fim do ano e suas festividades, a interações entre personagens de forma divertida, assim como visitas inesperadas, o mangá também está cheio de ensinamentos, posturas perante a vida, momentos de poucas linhas que se você olhar bem, não é tão brando quanto parece. Decidir o que fazer da vida e ver ela sendo modificada sem que possamos fazer nada a respeito disso, sem pudermos carregar o mundo nas costas, mas dando apenas passos de cada vez, é algo que traz consigo esse peso necessário. Komaba volta à história e traz suas responsabilidades. O ex-aluno da EzoAgro tem pequenos momentos na edição, mas são muito bem aproveitados. Personagens tão inflexíveis tendem a se moldar através de grandes pancadas. E é nisso que o volume se baseia.
Hachiken passa o final do ano no colégio para evitar a família. Ele não é o único, há os professores, e isso faz com que ele se torne mais parte daquilo. Okawa, o desempregado da série, também decide ficar na EzoAgro, o que aproxima mais ele e Hachiken, assim como Komaba, que está na instituição prestando serviços. Arakawa não gasta mais tempo do que precisa aqui, que com pequenos quadros, já transmite muito bem o que deseja. Logo após, é hora dos rituais de final de ano do Japão, e hora de encontrar alguns amigos por lá. Mikagê também está por lá, e isso causou uma das cenas mais fofas que já vi em Silver Spoon. Mikagê respondendo a mensagem de felicitações pelo ano novo para o Hachiken, dizendo que gostaria de passar todos os anos perto dele. Isso, para mim, é como o Itadori se vingando do Mahito, do Luffy socando o DoFlamingo, do Goku pondo medo ao Freeza. Esse é o puro suco do slice of life. Mas não seria Silver Spoon se antes do final da visita ao templo não houvesse um choque de pensamentos. Ayame, mesmo servindo como alivio cômico na obra, serve a ela muito bem esse papel de durona, ao dizer para o Komaba que ele é uma fração do que ele já foi, mesmo que ele tenha aberto mão de muita coisa e carregue consigo muita responsabilidade. Uma pessoa não muda do dia para a noite, como alguns fazem parece; é algo dificultoso. Komaba recebeu uma grande pancada que ressoou por sua alma, pois embora tenha casca dura, Komaba está com o interior fragilizado.
De volta as aulas, é hora da turma aprender o processo de fabricação de uma linguiça. Nessa parte é algo que costumo dizer nas minhas resenhas da obra: me parece a Arakawa pondo em linhas o material que ela estudou. Em si, é mais sobre vermos os maquinários e aprendermos o processo. Para quem tem mais familiaridade com cursos industriais, talvez sirva para sentir as aulas e relembrar como elas funcionam. Há o estudo do cálculo do preço que irá para os revendedores e como costuma funcionar. Há também o momento da degustação das linguiças preparadas. Gosto muito do desenho da Arakawa aqui, que dá uma sensação de vivacidade na comida. Ler num momento de fome não é uma boa pedida (a não ser que você use para preparar algo para comer, porque aí sim temos uma boa lista de comida). Dentro disso, vemos os pontos fortes de alguns alunos, assim como suas inclinações. Creio que Arakawa ainda vai revisitar esse momento para servir de norte para alguns personagens. Nisso deposito minhas esperanças de que estamos vendo algo ser plantado para colhermos bem daqui a algum tempo.
No final, ainda temos Yugo Hachiken conhecendo sua cunhada, uma russa do leste do país. O irmão de Hachiken tem uma personalidade bem oposta ao caçula, e isso dá um contraste muito bom. Alexandra, a cunhada do Hachiken, também tem uma personalidade bem distinta do ritmo intenso que a EzoAgro impõe, embora como russa que passou pela queda da URSS, ela tenha estômago de ferro. Não achei que precisava do casal visitando a escola agrícola, mas se fez muito necessário. Mesmo não estando no pico de qualidade, Arakawa tem um conhecimento narrativo superior aos demais. A edição finaliza com um pequeno passeio por esculturas de gelo. É curto, é simples, serve para relembrar algumas dinâmicas e um final que abre espaço para algo maior no futuro.
A décima edição de Silver Spoon ainda não ganhou um novo folego, mas nem de longe é ruim. Arakawa prepara tudo com muita maciez, e isso pode ser algo que não traga os melhores resultados no fim das contas. Sinto que há falta de uma mescla melhor dos costumes, dos conhecimentos da área e a narrativa, como era bastante comum nas primeiras edições. Desconheço o ritmo de produção de Silver Spoon, mas creio que haja uma falta maior de espaço entre os capítulos para que a autora pudesse se realocar melhor no jogo narrativo. Há ótimos momentos no décimo volume; o desenho e a quadrinização estão muito bons. Ri alto em diversas situações, algo que não costuma acontecer quando leio outras obras. Contudo, tenho esperanças que o décimo primeiro volume me traga aquilo que estou sentido falta dos primeiros volumes: não só situações significativas, mas momentos significativos. Em comemoração ao décimo volume, Arakawa disponibilizou receitas usadas dentro desse volume. Aproveitem!
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