raphaeltf
28/11/2022Revisitando um clássicoA Cruzada das Crianças foi um dos primeiros arcos que li das HQs na Marvel. Em 2016, quando me deparei com a edição da Salvat deste clássico moderno que reunia Jovens Vingadores, Vingadores e X-Men em uma cruzada pelo paradeiro da Feiticeira Escarlate, eu jamais imaginei que fosse se tornar uma das minhas histórias favoritas de todos os tempos.
Mais tarde, em 2019, essa mesma edição da Salvat sofreu um forte ato de censura e repressão na Bienal do Livro do Rio. Sendo acusada por um prefeito fundamentalista religioso de pregar promiscuidade para crianças e jovens por trazer uma das primeiras cenas de afeto LGBT. E quem diria que um simples beijo entre Wiccano e Hulkling viraria manchete dos grandes jornais brasileiros?
Ao ler essa história, você irá se deparar com o típico drama adolescente sobre encontrar o seu próprio lugar no mundo, a identificação com amigos, família e seus heróis. Você irá encontrar uma mensagem sobre família, e que você pode ir até o seu limite para defendê-la, independentemente de quem seja parte dela. Até porque, como uma pessoa LGBT, sei que família não se trata apenas de sangue.
A Cruzada das Crianças é um arco sobre coragem, sobre união, é sobre amor. E essas são as bandeiras que eu sempre carrego e levantarei. Se você se deparar com esse texto hoje, amanhã, ou daqui a sei lá quanto tempo for, espero que sirva de alguma forma para te inspirar a embarcar em uma leitura única.
Abraço de um (não tão) jovem gay nerd.