Lucas Muzel 10/04/2024Biriba BombinhaA história tem um uso excessivo de diálogos no estilo "como você já sabe...". Isso é um recurso manjado para expor conceitos, com o custo do diálogo. O personagem não teria motivo para fazer aquela pergunta; Foi forçado apenas para que a resposta situasse o leitor.
Muitos dos recordatórios e diálogos do começo podem ser lidos com a voz Zago, pois o maneirismo e modo de falar se assemelha ao que o autor faz em suas lives no canal de YouTube.
Não me parece muito plausível que, em 10 anos, surgisse um culto estilo Mad Max. Nos dois casos, contudo, os eventos que levaram ao colapso do mundo são bem distintos.
Sei que é algo menor, mas não consegui tirar essa dúvida da cabeça: como a celeste arranjou óculos? A resposta óbvia seria imaginar que, em algum momento, elas paravam em diversos locais, e, por uma incrível coincidência, acharam um par de óculos que serviu perfeitamente para ela.
A estrutura básica do roteiro, o modo como cada personagem ataca, e também as descrições do cenário. Tudo isso parece muito com uma descrição de campanha de RPG. Os personagens também tem uma profundidade de NPCs criados para auxiliar o personagem principal. O tal personagem Abba sofre desse mal.
É fácil notar que tem diversas pichações como um tipo de "foreshadow" ou "worldbuilding". Mas considero que elas foram postas em excesso. Poderiam ser em pedaços que se encaixariam com vários quadros ou páginas.
Um ponto positivo é a arte do começo de cada capítulo com fonte integrada. Foi uma boa decisão.