Dri 04/11/2020
Honrou a Harley!
"Prestem atenção, porque vou contar uma história ótima que vocês vão amar, vai fazer a cabeça de vocês explodir feito pipoca."
E é assim que começa essa HQ maravilhosa. Eu sou apaixonada pela Arlequina. Ela é minha personagem favorita, não tem quem ganhe dela, não tem quem já tenha feito eu ir tantas vezes em bancas, lojas e barraquinhas de feiras caçando coisas temáticas.
Fiquei tão radiante lendo essa HQ porque a Mariko Tamaki conseguiu fazer com perfeição uma trama que preservou a essência da Arlequina na versão adolescente, a impulsividade, o carinho pela Hera, a dinâmica esquisita com o Coringa, o amor por comida, o bom humor incrível, o jeito torto de fazer as coisas, mas ela só quer ajudar haha.
É perfeita para jovens, fala de temas muito atuais como diversidade, preconceitos e injustiças estruturais, direitos das mulheres, empatia e lutar por aquilo que acredita. A Harley no começo vai morar em Gotham City com uma drag queen chamada Mama, a Hera é negra e luta pela preservação do planeta, ama plantas e a Harley igualzinho a versão adulta.
É tão lindo, importante, sensível, bem-humorado, criativo e caprichado. Não tem necessidade de continuação, apesar do final um pouco aberto, o conflito principal se encerrou, mas eu não acharia ruim se tivesse mais volumes.
Não foi à toa que Arlequina: Quebrando Vidraças foi indicada ao prêmio Eisner e a Mariko Tamaki ganhou como melhor roteirista muito merecidamente.