Seven to Eternity

Seven to Eternity




Resenhas - Seven to Eternity


4 encontrados | exibindo 1 a 4


Dhiego Morais 14/02/2021

Seven to Eternity
Seven to Eternity nasce como fruto das mãos do roteirista e showrunner, Rick Remender (Tokyo Ghost, Black Science e The Last Days of America), em parceria com o artista Jerome Opeña (Uncanny X-Force e Avengers) e com o colorista Matt Hollingsworth (Tokyo Ghost, Wytches, Superman, Spider-man, Aliens), vencedor do Eisner por Preacher, Death: The time of your life e Challengers of Unknown.
Zhal é um recôndito multiétnico e pluriversal, uma espécie de Terra alternativa dotada de uma fauna e flora incomum. Entre os seres que ali habitam, podemos citar os mossaques, humanos refugiados nas Montanhas Voltk – território de espíritos anciões –, afastados do centro civilizatório de Fengow; e os goblins. Além deles, há outras criaturas e seres, outras raças complexas capazes de articular e manipular poderes e espíritos.
No primeiro volume de Seven to Eternity (de um total de 3), os leitores mergulharão em Zhal, a fim de conhecer o clã Osidis: um grupo de pessoas excluídas da sociedade, marginalizadas e em busca de refúgio, de um lugar seguro para fugir das guerras e dos terrores presentes na capital.
Nessa fantasia distópica, Remender guia os seus leitores até um universo no qual os habitantes abriram mão de sua liberdade, privacidade e autonomia por medo e pela paranoia difundida por Garils Sulm, uma entidade conhecida como o deus do Sussurro ou o Rei da Lama. É claro que essa liberdade não foi tomada exclusivamente pelo medo, uma vez que o deus do Sussurro sempre realiza uma proposta, uma oferta, em troca disso tudo. Capaz de ouvir o mais profundo desejo das criaturas de Zhal, o deus, o Rei da Lama concede esse desejo para aqueles que se dobram a ele, para aqueles que vendem sua liberdade conscientemente. Todo aquele que o faz passa a ser os olhos, ouvidos e boca de Garils Sulm. E assim ele se tornou o que é.
O clã Osidis, composto principalmente por Zebadiah e Adam – o protagonista – é o último resquício de resistência em Zhal. Odiados e amaldiçoados por todos os demais, presos às vontades do Deus do Sussurro, os Osidis se esforçam em se manter afastados da influência de Fengow e de seus generais e carrascos. Entretanto, não tarda até que o Flautista, uma criatura de porte gigante e humanoide, capaz de invocar com suas flautas espíritos e outras criaturas tenebrosas os encontra, a fim de dar voz à oferta do Rei da Lama ou combater os cavaleiros.
A história avança e somos levados a acompanhar de perto a peregrinação de Adam Osidis em direção à Fengow, de modo a encarar o Deus do Sussurro. Lá, ele deverá ouvir a proposta e, caso não aceite, estar preparado para as consequências. Ou se unir ao Deus, tornando-se mais um de seus receptáculos, ou então se unir a uma ordem de guerreiros inspirada em libertar o mundo da influência venenosa de Garils Sulm.
Talvez alguns leitores pensem que Seven to Eternity segue rumo a mais uma fantasia no estilo espada e feitiçaria, com uma figura notavelmente bondosa e outra absolutamente maligna. A verdade é que a história de Remender vai muito além ao entregar uma narrativa composta por um antagonista que não sobressai como um deus monstruoso, causador de destruição e assassinato em massa. O Deus do Sussurro surge como uma figura emblemática que necessita da concessão de seus súditos, embora para isso use da paranoia e do medo, na promoção de intensos dilemas. Por outro lado, Adam não é um herói completamente correto; cheio de conflitos internos, ele leva a dúvida sobre suas ações até mesmo aos leitores. Logo, há um processo de humanização e construção habilidosa de personagens que merece destaque.
Seven to Eternity deverá agradar aos fãs de Duna, Star Wars e Avatar, seja por sua construção de mundo extremamente diversificado, com raças, criaturas e fauna que encantam aos olhos – em parte pelo trabalho excepcional de Jerome Opeña e Matt Hollingsworth –, seja por suas inspirações, que bebem de Incal, de Jodorowsky.
Mal posso esperar pela sequência!
comentários(0)comente



Karcossa 20/12/2020

Universo incrível.
Seven to Eternity confirmou minhas suspeitas: Uma História incrível com personagens cujo passado é marcado pela ganância do "Rei do Sussurro".
Rick Remender cria um universo mágico, rico e complexo, mas fica claro que podemos interpretar a obra de forma literal ou então como uma ótima alegoria para falar da dor, da perda e como um indivíduo consegue se manter fiel aos seus princípios.
Falando um pouco do estilo e a História, após a leitura. No primeiro momento me remeteu a Sandman do Neil Gaiman, ao universo incrível das HQs dos Guardiões da Galáxia e Capitã Marvel e muito John Carpenter. A profundidade tanto do universo, quanto de cada personagem, até do "vilão" (não curto muito essa nomenclatura), é possível ver camadas de conflitos, ressentimentos, e um sentimento de perda mesclado a esperança.
Enfim, uma ótima HQ pra quem estiver cansado de Super heróis e que gosta de uma ficção científica fantástica é um prato cheio.
comentários(0)comente



13/02/2021

Uma mistura de Sandman com TWD que me fez favoritar a HQ
A humanidade sucumbiu ao Deus do Sussurro.

Um Deus poderoso que te promete tudo o que você mais deseja em troca do controle de sua alma. Assim, os poucos humanos que negaram a oferta precisam viver isolados e em alerta o tempo inteiro pois são caçados e assassinados pelos seguidores do Deus.

Neste cenário apocalíptico, Adam Osidis acabou de perder seu pai, o primeiro homem a lutar para resistir e formar uma pequena comunidade longe de tudo. Com a morte deste grande guerreiro nas mãos do servos do Deus, Adam precisa fazer uma escolha para salvar os poucos humanos que ainda restam, incluindo sua família: ir até o Deus e destruí-lo, ou se juntar a ele em sinal de rendição pela ousadia de seu pai, e ceder aos seus controles.

Adam esconde um segredo que pode se tornar uma arma quando estiver cara a cara com o seu destino final, qual será a sua escolha?

Seven to Eternity vem das mãos de um time de criadores de peso e narra uma história que me lembra ser uma mistura de The Walking Dead com Sandman, e eu, como a enorme fã de cenários apocalípticos e ficção fantástica que sou, adorei a jornada deste quadrinho do início ao fim.

? "O tolo habitual sempre fará aliança com o homem que oferecer a melhor recompensa."

A história pode ser assustadora e até mesmo triste em alguns momentos, mas os traços são marcantes e belíssimos, e as cores me deixaram confortável lendo, sem a sensação de "horror" das criaturas. Que, inclusive, vão de macabras à místicas, uma dança entre o assustador e o belo contracenando no mesmo quadro.

Gatilho: ? Cenas de violência explícita.
comentários(0)comente



Giovanni 06/04/2022

Um mundo complexo, violento dominado por um ditador, onde uma família exilada busca sobreviver em meio ao caos.
comentários(0)comente



4 encontrados | exibindo 1 a 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR