z..... 18/10/2017
Nem com o entusiasmo pelas clássicas obras da EBAL, que respeito muito por sua visão de conteúdo, somado a tentativa de se adaptar na leitura de uma estética ultrapassada em fazer quadrinhos e, até o momento, ter nessa HQ a única adaptação que conheço de um romance de Alencar que curto bastante, nem assim deu para gostar dessa obra. Uma pena!
Gosto das coleções EBAL e vou curtindo aos poucos o que encontro, mas certas coisas são de uma tosqueira pouco estimulante. É o que acontece nessa obra, que da metade para frente valoriza cada vez mais o texto, desaparecendo os cenários, enchendo os quadros de balões numa confusão tremenda, preferindo descrever minuciosamente algumas partes do que deixar isso a cargo das ilustrações, até chegar no ápice da frustração e chatice para o leitor, quando preferiram que o texto contasse a história, não ilustrando o que deveria ser valorizado, como o desenlace entre Horácio e Laura e, da mesma forma, Leopoldo e Amélia.
O roteiro em sua pouca criatividade detonou o que era para ser uma HQ legal. Afinal, é uma história interessante, que aborda a motivação do amor. Baseada em superficialidade e materialismo para uns, e encontro de almas que se atraem e desejam ser felizes juntas, na expectativa de outros.
Será que não existe mesmo outra adaptação... Merecia... Uma mensagem que as gerações atuais precisam redescobrir.
Ah, não quero ser injusto e registro que a HQ está em conformidade com o período de sua elaboração (1955), na visão do que acreditavam como as melhores escolhas.