O mundo de Aisha

O mundo de Aisha




Resenhas - O Mundo de Aisha


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Naty__ 14/07/2022

Preciso superar o vazio que esse livro me deixou
É uma história tão difícil de ler, escrever e, obviamente, vivenciá-la. A sensação de incapacidade é grande, enquanto percorremos a leitura; a sensação de impotência por sabermos que algo tão desumano acontece e nada podemos fazer a respeito.

Nada será capaz de dizer o quanto essas mulheres sofreram e sofrem por ter seus direitos violados. As mulheres do Iêmen parecem fantasmas. São tratadas como objetos por seus companheiros. Aliás, algumas são piores do que isso, pois receber um tiro do próprio esposo e ficar paraplégica é o c.ú.m.u.l.o pra mim. (coloquei assim porque o Skoob censura as duas primeiras letras hahaha)

As meninas são obrigadas a se casarem cedo, com 11, 12 anos. São escravizadas, violentadas e, por vezes, assassinadas. São obrigadas a usar o niqab, um véu negro que cobre todo o seu rosto, deixando apenas os olhos de fora. São vítimas da própria família, da própria sociedade, que julga a forma que vivem, o que precisam fazer, ditam como devem se portar e trabalhar com algo que não tenha homens por perto. Elas são vítimas do próprio país, que tem o dever de protegê-las.

Aos poucos, elas tentam ter o seu espaço, através de uma revolução silenciosa, buscando sua liberdade. Aqui temos a história de Aisha, Sabiha, Hamedda e Houssen, mas existem outras. São tantas. Incontáveis. É uma reportagem em quadrinhos incrível!

A leitura é rápida por conta do número de páginas e pelas ilustrações facilitarem o desenvolvimento. Mas a lição que o livro carrega não dá pra esquecer. É triste saber que tantas mulheres passam por isso. É triste saber que num país como o Brasil a mulher é tão desprezada, mas que não chega aos pés do que vivem nos países árabes.

É um livro que deveria ser lido nas escolas, por mulheres, homens... Deveria ser debatido entre os alunos. Não dá pra deixar uma história dessa passar batida. Não dá pra ver tanta dor e se calar.

Termino essa resenha da mesma forma que comecei, com uma sensação de impotência, de tristeza. De vazio. É impossível não sentir isso. Leiam, por favor! Leiam!
Thainá @thaii.limab 15/07/2022minha estante
Exatamente isso, sentimento de impotência.. por que essa é a triste realidade de várias mulheres e nada podemos fazer a respeito.


Naty__ 15/07/2022minha estante
Exatamente isso ?




Cinara... 30/09/2021

"Nas ruas, as mulheres são como manchas negras, que se movem flutuando.
A partir de certa idade, seus corpos se preparam para desaparecer.
E sobre aqueles véus negros parece não haver mais mulheres de carne e osso. Parecem pássaros negros, misteriosos vírgulas inabordáveis."

Já dizia Rubem Alves "Deus nos deu asas, mas as religiões inventaram gaiolas."
Mulheres levando tiros e ficando paralíticas por respirar ar puro na janela, sendo espancadas porque querem sair para fazer compras, sendo esbofeteadas porque querem trabalhar, casando com desconhecidos muito mais velhos, engravidando com 13 anos ou menos, chegando aos 20 anos já com 4 filhos, humilhadas em nome de religião e da honra da família.
Realmente não é fácil ler a realidade que várias mulheres vivem por esse mundo, chega parecer surreal. Mas infelizmente é bem real.
A HQ só peca por ser curta demais, no final você quer saber mais sobre as personagens e o que aconteceu e acontece ainda na vida delas.
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mirella galdino 22/02/2020

Uma excelente obra de uma dura realidade
O autor retrata, em desenhos simples, uma realidade dura e velada de uma cultura pouco conhecida no ocidente. Quem não sabe do que estou falando vai se surpreender ao ler esta HQ. A sociedade machista ocidental é cruel e deve ser combatida, porém, em se tratando das mulheres em países como o Iêmen, o meu entendimento é de que lá não há machismo, mas sim uma escravidão. Há quem diga que é apenas a cultura de cada local e tudo o mais. Depois de ler essa HQ não creio mais em cultura que não considere a liberdade do ser humano como um direito.
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Paloma 11/11/2023

Para sair do senso comum
Muito bom! Aquele tipo de leitura que faz com que a gente saia do senso comum sobre a vida de outras pessoas ao redor do mundo, aqui em particular, a das mulheres do Iêmen.

Cada uma com uma história diferente (umas mais trágicas e terríveis do que as outras), mas que são igualmente engolidas pelo caldo da cultura do seu país.

O símbolo mais forte disso que é o uso do Niqab (o véu que cobre todo o rosto), que a gente - o senso comum - vê como uma opressão (que pra mim de fato é) no contexto delas - e paradoxalmente - é na verdade um mecanismo de liberdade, pois sem ele elas não poderiam sair de casa, estudar, trabalhar...

Enfim, a realidade é mais complexa, não dá pra ficar no senso comum.
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Nana 06/06/2023

Livro nr 13 do projeto "A volta ao mundo através dos livros"
País sorteado : "Iêmen"

Revoltante!!!
É muito difícil ler histórias reais em que as mulheres são tratadas dessa maneira. Obrigadas a casar com onze ou doze anos, com homens muito mais velhos, ter filhos aos treze anos, ter que andar coberta dos pés a cabeça deixando apenas os olhos de fora e ainda apanhar por ir na janela de casa sem cobrir o rosto.
É demais, tem que ter estômago para suportar tanto absurdo. infelizmente é a realidade de muitas ainda nos dias de hoje, que horror!
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Kezia53 21/08/2022

O mundo de Aisha
Triste, angustiante e devastador. Ler essa HQ é perceber o mundo ao nosso redor e ver que por mais que a nossa cultura esteja caminhando aos poucos pra frente, algumas caminham cada vez mais pra trás. Saber que milhares de mulheres são vendidas, escravizadas, abusadas ainda crianças e são obrigadas a viver nessa realidade e aceitar que o mundo é assim, é triste e assustador.
Thainá @thaii.limab 24/08/2022minha estante
Eu amei essa HQ ?




Siegfrito 17/10/2023

Um relato vívido
Cheguei a essa leitura com uma expectativa alta e fui surpreendido com mais qualidade ainda!

Foi uma obra muito bem recomendada e a sutileza no desenho, combinada à profundidade dos relatos, me deixaram muito tocado. É impressionante o esforço que as pessoas fazem para reforçar papéis de gênero nas sociedades, quando seria muito mais simples, deixar essas ideias retrógradas para trás.

É algo que, a princípio, parece falar só do Iêmen, mas se você espremer os miolos um pouquinho, consegue ver num panorama mais alto que isso rola pelo mundo todo.

Triste, mas ainda assim, traz um pouco de esperança.
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Thainá @thaii.limab 15/07/2022

Devastador
Ainda é de surpreender que o ser humano possa ser tão perverso com seu semelhante.

Aqui nos deparamos com a fluidez de uma HQ em contraste com o peso da realidade. Uma reportagem em quadrinho que mostra a realidade de mulheres Iemitas, relatando o sofrimento rotineiro de quem só quer ter a liberdade de trabalhar, estudar, ter seu lugar no mundo sem que isso seja motivo de ofensa e desonra

É difícil ter de reconhecer, gostando ou não, que o que a autora nos mostra nesse livro é a realidade de várias mulheres. Isso faz parte do cotidiano de todas elas..

Certa vez li que: "ser mulher é ter um alvo nas costas" e olhando em retrospecto, todos os fatos que nos são apresentados todos os dias nos repórteres, na ficção, em conversas com pessoas próximas, apontam para essa realidade. Ser mulher é ser vítima de uma sociedade misógina, machista, que objetifica e mata mulheres todos os dias.

Mas por pior que seja a nossa realidade, acho que não se compara à das mulheres do Oriente Médio.

Obrigadas a usar o niqab, obrigadas a casarem-se cedo, ter filhos, a pressão para que tenham filhos homens, não podem ir à escola, espancadas, abusadas, tratadas como um utensílio doméstico.

Muitas são vítimas da própria família, não tem apoio e ainda são consideradas motivo de desonra. Vítimas de uma cultura que endeusa o homem e ainda lhes dá o direito à fazer com as mulheres o que bem entender.

Maltratadas, açoitadas por quem as devia proteger.


"Aisha, Jamil é de boa família, estudou, mas continua sendo um filho deste país. Respirou está atmosfera desde que nasceu. Junto com o leite, bebia a ideia de que o homem está um patamar acima da mulher."
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Jobim 29/03/2020

Foda!
Essa leitura é mais que necessária, dá voz a mulheres que foram silenciadas e oprimidas por muito e muito tempo, vistas como algo invisível e culposo, como se a existência delas fosse errada.
Na hq aprendemos sobre a história de algumas mulheres que vivem no Iêmen, pequeno país entorno da Arábia Saudita, e como suas vidas são extremamente conturbadas e melancólicas.
Rodrigo 29/03/2020minha estante
Já quero ler!




Heloiche 05/01/2021

mulheres no Islã
Mais uma pequena joia. Diferente em estilo, pois temos fotos misturadas com o desenho. Não é ficcional, e sim um relato jornalístico de como vivem algumas mulheres no Iêmen, um país muçulmano. Quem são essas pessoas que parecem pássaros negros quando vistas pelas ruas. E que surpresa, ao encontrar mulheres fortes, e que conscientes de sua situação, fazem o que podemos chamar de revolução silenciosa. Aceitam regras, como o uso da burca, que para nós parece um suplício, para poderem aos poucos ganhar espaço no mundo do trabalho e na sociedade. Com a força do trabalho e da educação essa mulheres lutam bravamente por seus direitos. Triste e valoroso por trazer alguma esperança.
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Léa Diógenes 23/06/2022

Lamentável.
O quadrinho conta a história de algumas mulheres do Iême, muitas forçadas a casar ainda na infância e a viverem uma vida invisível. É lamentável saber que todas essas histórias são reais.
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Dinha 09/06/2022

força!
que livro forte, verdadeiro, emocionante e marcante.
eu tinha uma ideia muito rasa dessa cultura sobre as mulheres, mas agora minha mente se ampliou ainda mais. meu coração se apertou cada vez que era narrada a história do casamento com meninas tão novas, sendo mães jovens, como os homens as tratam com arrogância e um poder que não deveria existir. esse livro é necessário, apesar de narrar perspectivas pesadas, ele traz esperança para mulheres continuarem batalhando por si mesmas, para que elas mesmas possam narrar suas próprias histórias ?????
rlc.blurryface 04/07/2022minha estante
nossa, deu vontade de ler agora


Dinha 04/07/2022minha estante
@Blurry leia!!! É PERFEITO




Camila 13/08/2022

Título pra Luna.
Desde que Luna nasceu penso no que gostaria de passar pra ela. Este ?gibi? é uma dessas coisas. Vivemos em uma teia de armadilhas. Vc nunca tá realmente livre. Mas tem que tomar cuidado para não se estagnar. As melhores prisões são as que vc faz o papel do carcereiro.
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Icaro Silva 16/03/2021

Mulheres fantasmas
Obrigadas a se casarem cedo, se esconderem e forçadas a seguir uma vida de impedimentos. Essas são as mulheres do Iêmen.

Reportagens transformadas em uma incrível Graphic novel, que, do começo ao fim, deixa seus olhos cheios de lágrimas, mas ao mesmo tempo, de admiração.

Uma batalha de emancipação que dura anos e anos e cada vez ganhando mais força.
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Jaqueline 04/08/2022

HQ impactante que conta breves relatos sobre a história de algumas mulheres no Iêmen. Acompanhamos ao longo de 135 páginas os desafios, os sonhos e os medos dessas personagens reais que travam todos os dias batalhas muitas vezes silenciosas.

"O que mais me impressionou nessas mulheres é a sua capacidade de analisar criticamente a própria vida e de desejar que ela não se repita de maneira idêntica para suas filhas, de fazer escolhas diferentes para elas. A nova geração se encontra frequentemente entre dois mundos, e eu acabei percebendo que há mais semelhanças que nos unem do que diferenças que nos separam, sendo estas mais formais do que reais. No final da minha estadia no Iêmen, o véu nem existia mais para mim. Embora continuasse a cobrir seus rostos, tornara-se transparente. Eu sabia que por trás dele havia uma mulher feita de carne, inteligência e emoção." (Agnes Montanari)
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