Claudinei 22/02/2023
Final satisfatório, não decepcionou.
Abrindo as cortinas do grande final, Masasumi começa dando uma conclusão ao pequeno arco com fatos históricos iniciado no volume anterior, da batalha da Tribo Sioux contra a invasão de seu território pelo exercito norte americano, e foi interessante como nesse curto espaço de tempo o autor construí tão bem o personagem “Cavalo Negro”, um líder Sioux que nutre um grande ódio pelo homem branco e vê seus irmãos dizimados pela metralhadora e posteriormente sua tribo sendo praticamente dizimada de maneira covarde por um membro da gangue Crimson , essa foi a fagulha que acendeu o pavio para o grande ato de coragem do nativo americano, que com o apoio de mais uma tribo passou um recado ao governo norte americano, num ato de bravura que levou o governo a reconhecer não somente o território indígena no Montana mas em outros lugares do Oeste também.
Os irmãos Burns finalmente tem a chance de enfrentar o algoz de sua Mãe, Edward King, e como já era de se esperar, o vilão deu trabalho a dupla, levando-os a beira da morte e antes do confronto final entre pai e filhos, um enorme rastro de morte e destruição assolará uma pequena cidade do oeste.
Foram 49 capítulos de uma boa história de Western, sem grandes pretensões, desviando-se pouco da trama central, o resultado foi satisfatório.
Os personagens melhor desenvolvidos foram justamente os protagonistas, Brad e Luke, os demais que surgiram o autor apenas os apresentou superficialmente, não sei se pela quantidade de páginas e edições que ele tinha pra contar a história, ou se foi propositalmente mesmo, não interferiu na obra em sí, mas sinto que faltou esse destaque ao vilão também, pois não sabemos nada de suas motivações, ele é simplesmente mau e pronto, ao contrário de seu amigo Eugene que aos poucos foi moldado pelo Cinco Pontos, mas que no fim ainda manteve parte de sua essência, o autor nem esclarece o motivo do crime que ele cometeu e que colocou os dois irmãos no caminho da vingança, esse é pra mim um ponto negativo que não dá pra ignorar.
Já o ponto alto sem dúvida alguma é a arte, que traço bem aplicado, um trabalho muito bem feito no preto e branco, com detalhes incríveis e um ótimo jogo de luz e sombra.
Enfim, é um mangá shonem, com as características desse tipo de publicação, personagens fortes com frases de efeito a todo momento, muita ação, mas que reserva também um espaço para um pouco de drama e contextos históricos muito bem inseridos. Recomendo aos amigos fãs de Western. Minha nota final 8,5.
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