z..... 25/07/2016
Opa! Opa! Essa semana quero assistir "A Lenda de Tarzan", que estreou em 21-07-2016. A HQ foi para relembrar as aventuras do herói que também me instigou na infância e, diga-se de passagem, está bem legal.
A obra traz doze contos que tem em comum histórias antes de seu contato com os europeus, do lance com Jane e de sua descoberta como o desaparecido menino da família Greystoke. Enfim, quando era apenas o Tarzan dos Macacos, Lenda nas Selvas.
Em todas vemos uma busca de visão de mundo, com percepções animalescas ou de uma racionalidade que o confunde e acentua solidão. Essas buscas passam por seus sentimentos, sexualidade, senso de justiça, confusões, descobertas exóticas e crenças pessoais.
No que se trata das histórias, me chamaram a atenção "O Deus de Tarzan", que parece tocar em uma percepção nata ao Criacionismo e à uma mentalidade inspiradora ao bem e à justiça que, em sua limitada compreensão, só podem vir de Deus (talvez não me faça entender, mas essa história trouxe-me a lembrança do Salmo 19 e Romanos 2:14-16). Gostei também de "O pesadelo", que é filosófica na noção que o confunde e o diferencia entre suas percepções animalesca e racional (uma luta entre seu instinto e humanidade). Porém, a que me empolgou mais foi "A prisão de Tarzan", que mostra elementos emblemáticos de seu domínio e integração com a natureza, valorizando-o como lenda que aprendi a gostar e que espero encontrar no filme que quero ver (essa história também tem a arte, em cores e ilustrações, que achei mais bonita).
Falando em arte, cada um dos doze contos teve ilustrador diferente. Falei que a que me foi mais agradável foi a do conto "A prisão de Tarzan" (de Pablo Marcos), mas também curti a arte de Mark Wheatley em "O pesadelo" (por estar em sintonia com uma percepção onírica de Tarzan) e de Tómas M. Miranda em "Uma piada da selva" (essa tem um estilo classudo longilíneo que acho bacana, sem grandes rebuscamentos, extravagâncias ou esculturas em finalizações, transmitindo uma impressão muito agradável).
Ah, Lowell Isaac, em "A luta por Balu" foi o que transmitiu mais ação com seu estilo inacabado de se fazer notar e realmente foi uma pena que Thomas Yeates, autor de algumas ilustrações extras na obra, não esteja no rol dos doze ilustradores dos contos (seu traço é muito bacana e lembra Alex Ross).
De negativo, penso que "O Deus de Tarzan" não combinou com a estética do artista escolhido, passando algo conservador em paralelo a uma história de abordagem filosófica. A estética não valorizou e foi o que não gostei na obra.
Eita! Tô agora mais ansioso para ver o filme. Será que vai ser legal...