A Saga do Monstro do Pântano - Livro Seis

A Saga do Monstro do Pântano - Livro Seis



Resenhas - A Saga do Monstro do Pântano - Livro Seis


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Luciano 24/06/2020

Ótimo desfecho pra fase Alan Moore.
Fiquei em dúvida sobre continuar lendo além da edição 64 ou não. O desfecho da fase Alan Moore me agradou bastante. Mas provavelmente não vou conseguir me conter.
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Vitor16Hq 03/08/2023

Páginas e mais páginas de genialidade.
O volume anterior já tinha sido excelente, com o monstro do pântano em Gotham, e esse mantém a excelência da saga.

Toda a jornada do monstro no espaço, é ótima no roteiro e na arte, o roteiro é muito bem explicado, as participações são bem utilizadas, gostei muito do Adam Strange, que é um personagem que eu não conheço muito, foi uma jornada cósmica que assim como a participação do Etrigan, mostra a admiração que os quadrinistas tem pelo Jack Kirby.

A Abby tem uma edição inteira focando nela, o volume anterior deu mais destaque a ela, é uma personagem muito bem construída, considerando tudo o que ela passa, é recompensador ver ela tendo um final feliz.

O reencontro dos dois é ótimo, é um dos melhores relacionamentos narrados pela 9° arte.

Foi ótimo a saga ter um fechamento, a sensação de história completa, muitas vezes é melhor que um gancho para as próximas histórias.
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Marc 04/11/2015

Embora Alan Moore seja considerado o maior autor de quadrinhos de todos os tempos, não está acima de críticas. Principalmente se formos analisar seus trabalhos com base na literatura, que serviu de “inspiração” para todas as suas criações. V de Vingança é uma referência incontornável a Thomas Pynchon, inclusive no estilo narrativo, vale dizer. A Liga Extraordinária traz os personagens clássicos da literatura de aventura do século XIX e XX. Já o Monstro do Pântano é praticamente uma transposição do universo de horror da literatura do século XIX para os quadrinhos. Leia-se Lovecraft, Mary Shelley, Bram Stoker, entre outros.

Isso não é nenhum demérito, ao contrário. Mas relativiza um pouco o grande papel do autor. O que ele faz é adaptar para um meio não muito sofisticado, grandes histórias e maneira de narrar. E devemos reconhecer que seu trabalho é muito importante, mas hoje eu não o consideraria mais como o autor mais importante. Depois de Alan Moore — que repito, teve o grande mérito de tornar os quadrinhos mainstream mais sofisticados, mais adultos —, apareceram outros grandes autores que souberam desenvolver muito bem as possibilidades que Alan Moore vislumbrou. É claro que existe uma grande quantidade de temas que aparecem em Monstro do Pântano e que são dignos de aplausos, mas depois da leitura de toda sua fase na revista, ficou uma sensação um pouco desagradável.

Para mim algumas das melhores histórias de todos os tempos estão ali, como “amor e morte”, “rito de primavera”, “lição de anatomia”, “o sono da razão”, entre outras; acontece que o começo da série apresenta uma qualidade tão acima do normal, que já do meio para frente o nível caiu e ficamos decepcionados. Eu não havia lido até hoje o Gótico Americano até o fim e achei uma história apenas mediana. Há bons momentos, como “estranhos frutos” (para alguns a melhor história de toda a carreira de Alan Moore), mas tem um desenvolvimento tão comum, tão bobo, para usar uma expressão que não permite confusão, que li com bastante esforço. E dali para frente parece que a equipe apenas cumpriu com a obrigação de contrato e se limitou a reproduzir clichês da literatura de horror um atrás do outro. Fica muito repetitivo e chato, mesmo.

Tanto que de toda a fase final do título, destaco apenas a história “amor alienígena”, como algo realmente digno do trabalho anterior. No mais, apenas mediano, com um ou outro momento de inspiração. Nesse sentido, não posso deixar de lembrar o início impressionante da história “de terra a terra” sobre o luto e niilismo que nos invade quando sofremos grandes perdas.

Reconheço a importância de Alan Moore para os quadrinhos, mas acho que não podemos transformá-lo em um mito, como se não tivesse momentos ruins. A sensação que tive é que no meio de Gótico Americano ele ficou sem “referências” e acabou concluindo da maneira que deu. Acabaram as inspirações e as histórias ficaram truncadas, mais curtas, muitas vezes modestas, numa tentativa de esconder a seca criativa que atingiu os criadores. Até mesmo em termos visuais a série piorou, parece.

Mesmo assim, longe de ser ruim, a série tem espaço entre os maiores feitos da indústria de hqs até hoje. Apesar de acusar uma certa idade, de lidar com temas que hoje estão bem mais trabalhados, como a questão da preocupação com o meio ambiente, que na época era apenas incipiente, vale a leitura. É um começo fantástico para uma conclusão apenas mediana, mas no geral a série é muito melhor que muita coisa da época (provavelmente é o melhor material) e de hoje também.
Soares.Julio 11/11/2018minha estante
Critica muito pontual. No entanto você cita pontos brevemente que são evidenciados em materiais de apoio disposto nas próprias revistas encadernadas do Monstro do Pântano, como a intervenção de alguma Crise no universo DC no final de Gótico Americano.
Sua critica não me deixou muito seguro se você leu os materiais de apoio, mas não não que isso vá desfazer sua visão de certos pontos da obra, mas se você não leu, insisto que leia e você terá uma visão mais ampla do que se passou nessa fase.


Marc 11/11/2018minha estante
Agradeço a leitura e o comentário, Júlio. Eu sei que as revistas eram integradas e dialogavam entre si. Mas isso não serve como desculpa para uma porção de derrapadas que a série dá depois de "gótico americano". Ainda considero o trabalho de grande qualidade, mas também não sou um fã inveterado do Alan Moore. Vi que foi reeditado e não tive impulso algum para ler novamente. Também não posso ser considerado um devorador de quadrinhos, embora sempre tenha lido, por toda a vida. Raramente acompanhei uma revista por muito tempo, nem segui lendo tudo que algum artista publicava.




Danilo 03/01/2016

Sobre as outras edições
Acho que essa edição é um apêndice do que compõe o corpo da história do Monstro do Pântano. Ela muda do horror clássico que Moore explorou nas outras histórias para ficção cientifica. Se afasta muito da estrutura original embora que se pensarmos na proposta do retorno á casa da criatura não fica tão distante assim. O destaque fica para o final da edição, quando o monstro atinge a compreensão de sua própria onipotência. Ainda assim prefiraria que houvesse terminado no livro 5, quando a morte da criatura foi o ponto forte da saga, após os eventos que tiveram ligação em todos os outros livros. Esse não deixa as questoes que Moore trata de lado, mas se afasta muito da historia original.

site: http://the-last-friend.tumblr.com/
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Schimas 30/11/2022

Esperava muito mais
Achei paia, esperava mais, com toda certeza o monstro do pantano não é meu personagem favorito, mas dá pro gasto
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Bernardo Brum 31/10/2019

A capa do último volume já traça um paralelo com o primeiro. Nos dois casos vemos o Monstro do Pântano de perfil, mas em um Alec expressa raiva e aqui, no último, está resoluto. Reflete os arcos que encontramos aqui, que funciona quase como uma coletânea: temos aventuras espaciais à moda antiga mas com temas e abordagens modernas; um drama familiar pungente em Reunião; o experimentalismo de Rito de Primavera ainda mais radical em Amor Alienígena; horror de catástrofe em Toda Carne é Erva e ficção científica "hard" em Comprimento de Onda (onde o roteiro de Rick Veitch emula Moore de maneira mais narrativa mas com uma tentativa de iconoclastia radical e surpreendente); e por fim, Pontas Soltas (Reprise) contrasta a tétrica vida do Monstro com a melancólica de Abigail Cable para que A Volta do Bom Gumbo seja um epílogo satisfatório, conquistado. A multiplicidade de narradores, a fragmentação de narrativa e a abordagem pessoal de gêneros faz da saga de Moore puro pós-modernismo, uma espécie de Vonnegut ou Borges que foi fazer quadrinhos. O resultado é um marco de um período de mudança fundamental dos quadrinhos - Moore é um artista que separa a história da mídia em "antes e depois" de seu trabalho.
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Marieliton M. B. 13/11/2016

Laissez le bon temps rouler
O Monstro do Pântano não se encontra mais na Terra. Mas isso não o impede de vivenciar experiências extraordinárias em mundos distantes, buscando uma forma de voltar para os braços de sua amada Abby.

Este é o último encadernado que reúne a run do Alan Moore nos roteiros do elemental da natureza. As estórias não chegam aos pés das edições anteriores, mas nem por isso deixam de ser ótimas e finalizam com “chave de musgo” essa maravilhosa saga.

Nesse encadernado destaco a ótima, Amor Alienígena. Imaginar que uma edição como essa, sem nenhuma cena de ação ou coisa do tipo, narrada apenas com recordatórios e imagens de fundo, tenha sido publicada numa edição mensal só poderia se justificável se tivesse um roteiro capaz de prender a atenção do leitor. E é justamente isso o que encontramos aqui. E pra finalizar, que capa sensacional do John Totleben pra última edição sob comando do Alan Moore! Linda demais!
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Paulo 30/12/2023

E com esse volume seis chegamos ao final da caminhada ao lado de Alan Moore contando a história de Alec Holland, o Monstro do Pântano, e sua amada Abigail Cable. Uma jornada que nos levou a vários lugares fantásticos e inusitados, nos fez refletir sobre diversos assuntos. Só tenho a elogiar esse trabalho magistral, e é inegável a marca que ele deixa em cada um de nós. Quando terminei o número 64 posso dizer que estava satisfeito e feliz de ter finalmente conhecido esse quadrinho. Essa é uma série perfeita, seja no seu conteúdo textual ou no artístico. Embora tenha achado o volume anterior melhor, este sexto tem aquele clima de despedida. A gente vai percebendo logo que começamos a ler a Odisseia vivida pelo Monstro que as histórias estão terminando. Por mim, leria as histórias do Moore sobre o Monstro eternamente, mas é visível o cansaço do Mago por conta da quantidade de projetos que ele participava naquele momento. Mesmo assim, ele entrega histórias incríveis até o final. Somente duas delas não tem roteiros dele, mas passaram por ele: Reunião, que foi escrita por Stephen Bissette e Comprimento de Onda, de Rick Veitch, que seria o sucessor de Moore na revista.

Dessa vez queria dar uma passada por cada uma das histórias para que possamos viver estes últimos momentos juntos. Não há spoilers aqui porque este sexto volume deve ser apreciado por todos. Vou mais compartilhar o que li e comentar a respeito. As duas primeiras histórias são Mistério no Espaço e Exilados e mostram o Monstro chegando a Rann, o planeta que se tornou o segundo lar de Adam Strange. O Monstro está tentando retornar para a Terra, após ter sido desconectado do planeta após o encerramento da confusão em Gotham no volume anterior. Ao chegar em Rann, ele se depara com um planeta bastante desértico, habitando por indivíduos focados na tecnologia. No primeiro volume, temos Adam Strange lutando contra o Monstro, em um repeteco dos encontros típicos entre super-heróis. O velho clichê da confusão que os transforma em inimigos no começo para depois se aliarem contra uma ameaça comum. Rann estava passando por uma situação de fome catastrófica e estava em negociações com Thanagar por uma tecnologia que os permitisse recuperar seu ecossistema. Thanagar queria a tecnologia do raio zeta. Quando o Monstro chega, ele muda a balança de negociações.

Moore nos mostra um personagem enfurecido na forma de Adam Strange. Alguém que tenta estar com sua amada o tempo inteiro, mas que por causa da instabilidade do raio zeta que leva e traz o terráqueo, ele nunca consegue estar o tempo todo com ela. São dois capítulos em que existe uma forte tensão sexual permeando as páginas. Essa tensão ou é apresentada de forma direta ou apenas insinuada. A maneira como Adam Strange é mostrado no primeiro capítulo é terrível. Ele é violento e temperamental, resultado de uma intensa vontade de estar com sua parceira, mas atrapalhado pelas circunstâncias. No prefácio, Bissette brinca com a ideia de coito interrompido. E é bem isso mesmo. A reação violenta de Strange à chegada do Monstro é completamente desproporcional. Durante suas reflexões, Strange sempre retoma algum tipo de descrição sexual explícita de sua amada. A virada narrativa no final com uma surpresa deixada ao final da história corrobora isso. A propósito: o xingamento da thanagariana sobre Strange ter sido atraído para Rann apenas para engravidar Alanna não é lá tanto um xingamento assim.

A arte das duas edições foi feita por Rick Veitch e com arte-final do Alfredo Alcala. Veitch combina bem com essa vertente de ficção científica que o Moore se volta nesses últimos volumes. A gente consegue ver a naturalidade como ele desenha ambientes estranhos. A própria palheta de cores empregada é bastante diferente do comum empregado nas mensais do Monstro do Pântano. Há uma enorme quantidade de quadros usando cores quentes como amarelo, vermelho e laranja. As sequências de ação são bem construídas inclusive aquelas que envolvem combates aéreos. Tem outras histórias com uma arte mais impressionante do que essas duas histórias, mas Veitch consegue entregar algo de relativa competência para o leitor. Gostaria que o Veitch tivesse abraçado mais a esquisitice (embora tenha outras histórias completamente doidas neste volume), mas fiquei satisfeito com o resultado. E o roteiro está muito bem contado.

A seguir temos a primeira história que não tem roteiro do Alan Moore, mas de Stephen Bissette. E ela vai trazer de volta dois personagens da fase do Len Wein: o Homem Remendado (Anton Arcane, tio da Abby) e Gregor, o pai dela. Essa é uma história cujo título mostra bem o que ela significa: Reunião. São pessoas do passado da Abby com as quais ela precisava resolver assuntos pendentes. Anton é alguém que causou muito sofrimento na vida dela e agora paga por seus pecados no inferno. Essa história não é tanto sobre Anton, mas com Abby precisando resolver seus sentimentos em relação a seu pai. Ela agora trabalha em uma casa de idosos e sente sua vida definhando. O sofrimento de ter perdido seu amor, sua cidade, seu trabalho em Elysium Lawns. As recordações de seu pai se mesclam com suas insatisfações. Somente quando ela conseguiu resolver essa parte de sua vida, seja a partir de um processo de aceitação, ou de abraçar seus problemas, ou apenas de relegá-los a segundo plano, é que ela vai conseguir seguir adiante. Bissette é muito inteligente com esse roteiro porque ele faz uma associação com a Criatura de Mary Shelley em Frankenstein. A relação da personagem feminina na trama de Shelley e como ela se relacionava com o seu pai e depois com a Criatura.

Repetimos a dupla artística nesta edição e confesso que gostei mais do Veitch aqui. Ele se soltou mais e explorou mais o lado bizarro e do terror. Preciso elogiar os trechos iniciais e finais dessa edição com as imagens incômodas do sofrimento de Anton no inferno. Isso sim é que é representar uma punição demoníaca. Incomoda só de olhar. O design de personagens está mais voltado para o disforme e o curvado/retorcido voltando àquela vibe mais de terror das histórias do Monstro. O que eu senti é que Veitch se inspirou nas edições da revista desenhadas pelo Bernie Wrightson. Boa parte dos quadros emprega jogos de luz e sombra (daí a importância fundamental de um arte-finalista como o Alcala) para representar sombras e silhuetas. O design do Homem Remendado é bem estranho, mas tão legal ao mesmo tempo. Ele vai ficando cada vez mais deformado à medida em que a história vai passando até o momento de clímax lá no final onde a deformidade chega a momentos bem gore, com membros caindo, um rosto se desfazendo.

Estou até agora tentando descobrir se gostei mais de Amor Alienígena ou da história que se segue a ela. Talvez a seguinte porque ela tem um estilo de contar histórias mais tradicional. Essa aqui é puro suco de lisergia do Alan Moore. Para quem achou a relação sexual ampliada pelo inhame maluco bizarra, essa edição como um todo supera e muito isso. Simplesmente temos o Monstro passando por um planeta cuja estrutura formativa é meio carne e meio metal. A consciência planetária se apaixona pelo Monstro, a quem a consciência considera um invasor. E a edição inteira é a consumação desse amor em átomos difusos e estranhos. O Monstro tenta resistir para não ficar preso neste lugar enquanto a consciência mergulha cada vez mais fundo nos segredos universais do amor entre seres incorpóreos. Sério.. isso é de uma piração maravilhosa. John Totleben retorna para essa edição com sua arte e compra toda a insanidade produzida pelo Mago em seus roteiros. Em vários momentos eu jurava que estava lendo algo desenhado pelo Philip Druillet de tão malucas que eram as composições. Lembra muito Lone Sloane até porque não há bem enquadramentos nas páginas. São composições de página inteira ou de splash page com os desenhos formando figuras únicas repletas de detalhes ou sequências de imagens interpoladas.

Saímos de uma história elogiadíssima para outra. Toda Carne é Erva é outro clássico com mais um roteiro insano de Moore onde o Monstro vai parar em um planeta formado por seres vegetais conscientes. Ao buscar se ancorar ao planeta, o Monstro acaba alterando drasticamente a vida destes seres que o veem como alguém que trouxe o apocalipse para o planeta. Moore é inteligente ao nos contar a história do ponto de vida destas criaturas. Acompanhamos suas vidas e seus dilemas até a chegada do Monstro. Por exemplo, o Lanterna Verde desse planeta acaba de perder uma pessoa muito importante em sua vida e tenta lidar com um forte sentimento de depressão. O sacerdote da religião local está com uma terrível crise de fé e pensa em tirar sua própria vida. Um casal está lidando com os prazeres e os delírios da descoberta do amor. O roteiro é muito inspirado e a gente se apega rapidamente a esses personagens. A chegada do Monstro é um momento de ruptura quando Moore pode dar uma conclusão à jornada desses personagens que ele acaba de criar. Aqui sim temos a melhor arte do Veitch, como pode ser vista no quadro acima. Inspirado, detalhista, maravilhoso. Não tenho nem muito o que dizer além do que já mencionei antes.

A próxima história é a segunda sem roteiro de Moore, e sim do Veitch. E já dá uma palhinha do que vai ser a sua trajetória quando ele assume o Monstro em Regênese. Essa é uma narrativa mais puxada para a ficção científica e insere o Monstro na narrativa do conflito entre Darkseid e o resto do universo. O Monstro vai parar dentro de uma caixa materna que é encontrada por Metron pilotando a sua Poltrona Mobius. Seguindo instruções da caixa materna, o Monstro oferece a Metron a possibilidade de eles adentrarem na Fonte e descobrirem os seus mistérios. Mas, o que se esconde lá e o que eles verão? Aqui não quero contar demais, mas de certa forma é uma narrativa que insere mais um elemento para que Darkseid possa pensar em como resolver a Equação Antivida. Parece algo tão óbvio, mas posto de uma forma tão delicada. A arte também é do Veitch e vemos ele seguindo os conceitos insanos de Amor Alienígena, mas dentro de uma formatação mais tradicional.

As duas últimas histórias lidam com o retorno do Monstro à Terra. E não vou mencionar mais do que isso. Tem várias cenas muito marcantes em ambas as edições, mas confesso que A Volta do Bom Gumbo me fez chorar. Narrativa muito marcante e aponta para alguns temas que serão explorados nas próximas décadas nas revistas do Monstro. Ele reflete sobre qual o papel dele neste mundo, já que ele retornou com seus poderes ampliados. Com o controle que ele tem sobre os vegetais, ele poderia resolver a fome no mundo. Mas, será que se ele fizesse isso, resolveria o problema? Como um elemental do verde, o Monstro passa a pensar em si mesmo como alguém isolado do mundo, existindo dentro de sua própria temporalidade. A humanidade precisa aprender e se desenvolver por si mesma, sem a interferência de um ser de tal magnitude. Sem mencionar em sua situação amorosa com Abigail. Tudo isso apresentado de uma maneira muito amorosa por Moore. Fiquei tocado pela delicadeza do roteiro. Vale destacar que a série tem um final fechado bonitinho, amarra todos os elementos de enredo, sem deixar nada para trás. Se o leitor nunca mais tocar em nada do Monstro, não sentirá falta alguma. Moore fez questão de aparar todas as arestas. Fico tentando pensar no que Veitch fez em Regênese porque só sacudindo tudo para continuar a revista. E, mais uma vez: que série fenomenal. Já é inesquecível em meu coração.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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