Planetes #04

Planetes #04




Resenhas - Planetes #4


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Gabriel.Maissack 03/03/2021

Eu ainda não consegui digerir tudo o que eu vi e li, mas acho que ta tudo bem. Acredito que esse mangá não é fechado, não termina nele mesmo de certa forma por um motivo, com esse propósito... de fazer a gente pensar. Apenas magistral como Makoto se vale da temática espacial pra destacar as pessoas, as relações, as dúvidas e questões pessoais, sendo a arte impecável e o sci-fi excelentes ferramentas na mão de um exímio trabalhador.
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Paulo 14/08/2020

“Entendi o motivo das pessoas fazerem pedidos às estrelas cadentes. É porque em momentos como este, em noites como esta, acabamos olhando pro céu.”

Uma vez que a história de Hachi já foi mais ou menos resolvida no volume anterior, o Volume 4 de Planetes tem um pouco de cara de filler (mas isso não é um defeito!). Ou então cara de volta às origens, uma vez que essa maneira de andar com a narrativa lembra muito a pegada do primeiro volume. Dentre os 10 capítulos que compõem essa edição, somos apresentados ao divertidíssimo Barão, um lixeiro espacial que acredita que vem de outro planeta, e descobrimos que até mesmo o obstinado Locksmith tem um pouco de coração. Mas a maior parte da edição se concentra em um mini-arco protagonizado por Fee que, diante da iminência de uma guerra espacial, e tendo que lidar com a rebeldia do filho, começa a repensar sua postura diante das injustiças à sua frente enquanto relembra o passado com seu tio.

Uma vez que Makoto Yukimura encerrara mais ou menos a história de Hachi, e a mensagem que queria passar sobre a importância do amor já tinha sido dada, o mangaká aproveita a edição final para orbitar outro tema poderoso: a indiferença dos adultos diante das injustiças à nossa frente. Yukimura nos faz questionar se tornar-se adulto é ter que engolir diariamente insatisfações para conseguir conviver com outras pessoas. Em que momento perdemos aquela vontade de lutar contra o que não faz sentido? Apenas crianças ficam revoltadas com uma briga que não se pode ganhar? E tudo isso nos é apresentado através de uma iminente guerra espacial como pano de fundo, como forma de nos fazer pensar também sobre a militarização do espaço.

Mas nem por isso o mangaká deixa de retomar a força motriz de sua narrativa: o amor. Aproveitando-se dos capítulos a mais desta edição, Yukira usa de Locksmith e do discurso final de Hachi ao finalmente pousar em Jupiter para complementar a mensagem que vem tentando nos passar desde o primeiro capítulo da obra.

Enfim, Planetes é uma excelente obra de ficção científica, que começa de um jeito simples, mas muito gostoso de ler, fazendo críticas severas aos tempos atuais e à questão do lixo espacial, para depois caminhar para uma obra mais melancólica e profunda, que vai se aprofundar na temática da solidão, do sentimento de se almejar muito algo e quando se tem nas mãos não saber o que fazer ou como lidar, e da importância do amor para as relações humanas. E, para, além disso, Yukimura aproveita para abordar ainda uma série de outras questões importantes, como a Sindrome de Kessler, grupos terroristas, militarização do espaço, questões sociais, etc. Os personagens são carismáticos, divertidos e muito engraçados, dando a leveza necessária aos temas pra lá de melancólicos. Quanto ao trabalho artístico, é um primor a parte. Você até esquece que está lendo um mangá. Obra imprescindível pra quem gosta de uma boa ficção científica e já sonhou em um dia explorar os confins do universo como astronauta.
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Carlão 08/05/2018

QUE MUNDO MARAVILHOSO
Nessa edição final temos um aprofundamento no passado da personagem Fee, e através disso o autor aborda de forma marcante e revoltante o racismo.
E no final, fecha com chave de ouro com a chegada da nave do Hachimaki em Júpiter e nos trazendo uma linda mensagem de amor.
Enfim, a obra em si é uma ficção científica de primeira e uma obra essencial para quem um dia sonhou em viajar para os confins desse imenso universo.
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Diogo.Lopes 07/03/2018

De encher os olhos :)
Ao invés de falar apenas sobre esse volume. Vou falar sobre os 4 volumes de Planetes.

O roteiro se passa em um futuro não muito distante do nosso onde não há mais recursos de energia renováveis na terra. Fazendo uma crítica severa ao tempos atuais Yukimura inicia o roteiro, enfatizando questões ambientais inserindo os coletores de destroço e lixo espacial como um item principal da trama. Sugerindo que nossa espécie continuaria repetindo os mesmos erros, mesmo quase um século depois, ou seja, se já existe uma quantidade demasiada de lixo na Terra, imagine no espaço. Yukimura aborda e desenvolve uma série de outras questões importantes, a Sindrome de Kessler, grupos terroristas, questões sociais, como racismo...

Quanto aos personagens, o desenvolvimento de cada um deles é bem interessante. Como cada um é moldado de acordo com os acontecimentos seus interesses,quereres e conflitos. Tratando também de questões bem pessoais de cada um. Crises de existênciais, solidão em meio a imensidão espacial, aquele sentimento de se almejar muito algo e quando se tem nas mãos não saber o que fazer ou como lidar. É uma multiplicidade de temas e questões que o autor aborda.

Há alguns momentos, em meio a imensidão do espaço que os personagens se pegam encarando seus problemas, indagando com sigo mesmo de forma tão intima e sensível.

Claro, que mesmo sendo uma obra tão magnífica também tem seus erros. Mesmo tendo uma forte representação de personagens femininos duronas, ainda peca com alguns tratamentos misóginos se comportanto com naturalidade a essas situações (não vou cita-los para não gerar spoiler).

Quanto ao trabalho artístico, é impressionante. Houveram momentos em que esqueci que estava lendo um mangá de tão limpa e detalhista que o trabalho é. Houve uma preocupação do Yukimura com a evolução qualitativa do trabalho no decorrer das 4 edições do mangá. Não costumo gostar muito das páginas coloridas dos mangás, confesso. Mas Planetes foi muito caprichado.
Diogo.Lopes 09/05/2018minha estante
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Marieliton M. B. 08/02/2016

What a Wonderful World
Que edição linda! Chegando ao final de Planetes dá pra afirmar que essa é uma das melhores coisas que já li nos quadrinhos. Cada edição tem o seu charme, mas essa última é a comprovação de tudo.
Uma vez que Hashimaki embarcou na viagem para Júpiter, a estória se concentra mais na Fee, e meus amigos e amigas, que narrativa incrível! Chega a emocionar e a revoltar também em alguns momentos. Só os capítulos concentrados nela já vale a leitura.
Planetes fecha com chave de ouro. Pra quem, como eu, um dia já sonhou em explorar os confins do universo como um astronauta, a leitura desse mangá será quase a realização deste sonho. 8)
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Matheus 27/01/2016

Planetes é uma obra extremamente marcante, que utiliza da temática espacial para mergulhar no psicológico de seus personagens, os aproveitando muito bem ao longo dessas 4 edições primorosas. Tudo isso aliado a um desenho extremamente impressionante, com um nível de detalhamento que muita vezes te faz ficar olhando cada pedacinho da página, aproveitando ao máximo a arte. Dando um fechamento muito bem pensado e conduzido para a série, nesse volume o autor traz até alguns temas bem complicados como preconceito e racismo, militarização do espaço, e a eterna inquietação do ser humano perante a imensidão do universo. O autor capta e trabalha muito bem com esses temas, transformando Planetes em uma obra digna de qualquer estante de fãs de quadrinhos e mangás, para que seja revisitada sempre que bater aquela vontade de viajar pela órbita da terra e pelos planetas mais próximos.
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