Marieliton M. B. 02/06/2017
Quando a união faz a força
A Liga da Justiça já teve diversas origens, o que diferencia essa das demais estórias é que, nessa primeira parte da estória, a famosa Trindade da DC não dá as caras (apenas o Batman e o Superman aparecem rapidamente). E isso faz toda a diferença, já que acaba beneficiando os outros super-heróis que normalmente ficam ofuscados pela fama dos outros três.
E com isso, fica a cargo do Lanterna Verde, Flash, Aquaman, Caçador de Marte e da Canário Negro juntarem forças para combater uma invasão alienígena e ainda por cima enfrentar um grupo que não vê com bons olhos o surgimento de um novo grupo de super-heróis.
A estória desse encadernado se baseia bastante em uma das origens clássicas da Liga da Justiça, tanto que essa estória consta no final do encadernado. E como na estória de referência, os vários super-heróis da DC se veem na necessidade de formarem uma equipe para poderem enfrentar grandes ameaças.
Mark Waid além de um ótimo roteirista, é conhecido como um fanático pelo universo DC, e devido a isso nessa primeira parte da estória, ele consegue deixar a trama bem interessante mesmo tendo que apresentar vários personagens e suas duplas identidades. Sem falar a muitas referências à Sociedade da Justiça, primeiro super-grupo que surgiram nos quadrinhos.
O destaque dessa edição fica por conta da Canário Negro. Como única mulher do grupo, se vê sempre tendo que ouvir cantadas e sendo tratada como “donzela em perigo” pelos demais membros e mesmo com tudo isso, se mostra capaz de passar por cima desses incômodos e ainda combater o mal.
Outra coisa que me chamou a atenção é a forma como o Aquaman é tratado na estória. Sei que ele tem a fama de ser um super-herói bastante zoado, mas ver a piadas e a falta de empatia por ele se sentir, quase que literalmente, um peixe fora d’água, me deixou bastante incomodado. Ainda bem que o Caçador de Marte é o personagem com mais empatia do universo DC.