Patrulha do Destino - Vol. 1

Patrulha do Destino - Vol. 1



Resenhas - Patrulha do Destino


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emclara 07/10/2023

"Não sou nada especial, nada puro. Sou lama e chama"
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Comecei a assistir a série da Patrulha do Destino sem muitas pretensões. Foi só na quarta temporada que pensei: "Ok, preciso ler isso".

Todo o conceito de bizarrice e maluquice dessa equipe me conquistou. Um homem-robô, uma entidade de energia negativa, uma garota com 64 personalidades onde todas possuem poderes e um duvidoso gênio que é o chefe da Patrulha. A dinâmica entre eles e mais personagens peculiares me intrigou.

Mesmo abraçando os ritmos confusos e os diálogos enigmáticos como parte dessa história tumultuosa, o desenvolvimento fraco para personagens tão profundos traz a sensação de que falta algo. Todavia, pretendo continuar lendo para ver no que vai dar.
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Thaisa 26/02/2020

Apesar da Patrulha do Destino original ter sido lançada em 1963, temos aqui uma reformulação feita por Grant Morrison em 1989.
Através do surrealismo e dadaísmo, Morrison foi capaz de nos apresentar (e re-apresentar) personagens como o Homem-Robô (o cérebro de um homem dentro do corpo de um robô), Crazy Jane (uma mulher com múltiplas personalidades e poderes), Rebis (uma entidade como resultado da junção de duas pessoas), entre outros.
Neste primeiro livro, os heróis se deparam com vilões estranhos e bizarros, como os Homens-Tesoura, Sr. Ninguém, Red Jack, entre outros, que utilizam poderes sobrenaturais e realidades distorcidas para colocarem seus planos em ação.
Apesar de não ter amado a história por achar que apresenta tantas personagens e inimigos e acaba não tendo tempo para desenvolver muito todos eles, as premissas, tanto dos protagonistas quanto das diversas narrativas, são únicas e, mesmo diferentes, são quase reais: os problemas que as personagens tem que lidar, tanto por serem quem são quanto por existirem nesse mundo podem ser tocantes e empáticos.

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Luciano Luíz 13/03/2016

PATRULHA DO DESTINO, alucinantemente escrito por GRANT MORRISON e admiravelmente desenhado por RICHARD CASE é um daqueles grandes momentos dos quadrinhos em fins da década de 1980.
Personagens bizarros que formam um grupo de super-hérois que têm aventuras bisonhas onde nenhum outro personagem teria (in)sanidade suficiente para adentrar.
Um homem-robô onde somente o cérebro é humano, uma garotinha com cara de macaco que pode criar monstros tão somente com a força do pensamento, um aleijado, um médico que dispara raios das mãos, uma mulher-homem coberto de faixas que ainda conta com mais uma criatura negativa, uma moça com 64 personalidades e cada uma delas com uma habilidade diferente...
As histórias vão além da realidade. Parece uma mesclagem de Alice no País das Maravilhas, Mágico de Oz e até Neon Genesis Evangelion (porém, esse mangá apareceu mais de meia década depois). O visual surpreende em todos os aspectos. O enredo funciona perfeitamente e conquista em grande velocidade. Os diálogos são fluentes e as cenas de ação são bem desenvolvidas.
Aliás, um fato interessante é o enquadramento, a diagramação é mais parecida com um filme. Pois o leitor tem a impressão de que não é apenas arte sequencial. Mas uma câmera que se move com maestria dando um show de detalhes nos cenários, tanto dentro de casas e prédios quanto fora.
Os personagens são carismáticos. E os capítulos são breves devido a qualidade. Em questão de minutos o volume de quase 200 páginas é devorado.
Somente no último capítulo muda o desenhista (DOUG BRAITHWAITE), que também faz um trabalho muito bom. Porém, nada cinemático se comparado ao anterior.
É uma edição que vale a pena acompanhar. Acho que serão seis volumes contendo todo o trabalho de Morrison.
E falando nisso, na página da Panini Comics no Facebook, rolou umas tretas com relação ao papel utilizado na impressão. A capa é em cartão e ficou uma beleza. Já o miolo é papel jornal (Pisa Brite gramatura 52, provavelmente) e isso deixou uma grande quantidade de leitores putos.
A editora se pronunciou que o motivo da utilização do papel jornal é por causa que as cores originais (cores chapadas, um único tom em geral no entanto em alguns raros quadros não está assim) funcionam melhor nesse tipo, e que nos EUA usaram o mesmo papel. Ou seja, se fosse pintura digital utilizariam outro papel. Talvez o LWC (um tipo de couchê mais fininho).
Porém, fico pensando. Há pouco tempo a Panini lançou ULTIMATE HOMEM-ARANHA O MUNDO SEGUNDO PETER PARKER. E este encadernado com pintura digital foi impresso em papel jornal. Dá pra entender?!
Bem, as mensais tem pintura digital e saem em papel jornal...
Um ponto curioso é que teve quem disse que o verdadeiro leitor de quadrinhos não deve se importar com o papel, mas com o conteúdo. Olha, eu leio gibi desde 1984 (antes disso não consigo lembrar) e quando a editora Abril lançava algo que não era em papel jornal, mas em LWC ou couchê era raríssimo e claro, eu adorava.
Em meados de 1995, a Abril lançou SPAWN, em formato americano e papel couchê. Algo que fez os títulos da Abril (formatinho e jornal) ficarem para trás em questão de qualidade visual, pois a impressão naquele papel era algo fudidamente lindo de ver.
A editora Globo também quis fazer algo semelhante e publicou WILD CATS, CYBER FORCE e GEN 13 (acho que tinha outros, mas não lembro) também em formato americano e papel distante do jornal.
Ainda tenho essas edições e estão impecáveis. No entanto, na questão de PATRULHA DO DESTINO, acho que merecia sim no mínimo papel off set (assim como BATMAN LENDAS DO CAVALEIRO DAS TREVAS que ta saindo aos montes).
No entanto, no bom e velho (e simpático) papel jornal, a Patrulha ficou com ótima qualidade e compensa sim adquirir a edição.
Mas, nos EUA existe a versão omnibus, um volume de capa dura, com mais de mil páginas contendo toda a fase escrita por Morrison, em papel couchê... sinistro de tão perfeito... mas por aqui, nada semelhantemente visual...
Se você já tinha lido parte do material que saiu há vários anos por outras editoras (agora vai ser completo) ou caso nunca tenha se aventurado em uma HQ tão diferente com personagens que realmente te fazem dar um sorriso de orelha a orelha com as falas e situações, com certeza vai se apaixonar e querer logo os demais volumes.
Bom, é isso. Uma obra-prima obrigatória para quem gosta de algo possante em narrativa não apenas quadrinhística, mas em enredo.

Nota: 10

L. L. Santos


site: https://www.facebook.com/lucianoluiz.santos.9?fref=ts
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