Pipezinha
10/12/2016ChocanteEu amo todas as Graphic Novels da MSP, todas me emocionam e fazem chorar por igual. Tenham só figuras ou com texto, os enredos são fascinantes e os roteirista/desenhistas convidados tratam os personagens do Mestre Maurício com muita propriedade. Minhas favoritas são Louco e A Turma da Mata. Não desprezando as outras, por favor.
Mas as do Astronauta são meu ponto fraco, Hors Concours. AMO.
Assim que eu acabei de ler, tive que ter um chilique. Gritei por uns cinco minutos. Li de novo. Foda, cara. Ridley Scott tinha que tomar umas aulas com o Beyruth pra não fazer caca no novo Prometheus.
Tenho lido muito Douglas Adams e Neil Gaiman, minha mente está cheia de multi/altiversos e eventos que não importa o que você faça, eles tem que acontecer na linha do tempo.
No making of do final, há uma coletânea pra relembrar todas as vezes em que o Astro tentou fazer sua história diferente. Acho que todo mundo, pelo menos UMA VEZ na vida já pensou no "E SE..." Na possibilidade de, se tivesse a chance, mudar algo na sua trajetória de vida, aquele momento em que você ferrou com tudo. Tem gente obcecada por isso, que incapaz de se desvencilhar do passado, não consegue viver um presente e pensar num futuro. Tudo gira em torno daquele instante ferrado, como um disco riscado.
Eu já fiz isso. Só me livrei quando comecei a pensar que aquela decisão "errada" foi o melhor que eu pude fazer, naquele instante, com os recursos que eu tinha. Ao retirar a carga negativa do momento, eu pude fazer as pazes com ele e seguir. Não tem como voltar no tempo e fazer diferente, mas tem como mudar aqui & agora.
Roer as unhas agora de ansiedade pelo próximo volume. E torcer para que, num futuro não muito distante, o Astronauta possa fazer as pazes com o passado, para que esse passado pare de decidir as ações do presente e o Astro tenha um bom futuro.