Cast 31/07/2023
"Preciso vencer, também para mostrar pras pessoas que me salvaram, que valeu a pena terem me salvado!"
Capa: A princípio, confesso que não me chamou muita atenção não, parecia genérica. Mas depois de olhar bem, analisar e entender o contexto da história dentro desse volume, eu passei a curtir mais. Ela mostra bem alguns personagens que serão focos na história nesses capítulos e as poses de cada um são bem características com suas personalidades.
Nota da capa: 7/10.
Volume 4 corresponde aos capítulos de 27 ao 35.
Com o término da primeira etapa do Festival, temos a segunda prova e parte da terceira, sendo assim, vou analisar separadamente.
1 - Disputa em grupo.
Não sou japonês, e nunca tinha visto esse tipo de brincadeira em nenhuma gincana que participei na minha vida escolar. Mas, de fato é bem interessante a proposta da dinâmica e os dons, obviamente, deixam tudo mais empolgante de se ler. O que acho melhor dessa parte é o peso do primeiro lugar que cai sobre o Deku. Para alguém que está "destinado" a se tornar o maior herói de todos (como é falado nos primeiro capítulos), ter esse tipo de experiência não é só necessário, como faz uma brincadeira legal com essa reflexão. A pontuação dele é infinitamente acima dos demais, e isso cobra um preço, ele se torna um alvo, até mesmo dos mais próximos, dito isto, foi legal ver o Iida também buscando mais independência e criando uma rivalidade saudável com o Midoriya.
Indo para prova em si. Não é lá muito empolgante como eu achava que seria, mas cumpre bem seu papel. As equipes formadas têm uma dinâmica única, com destaque para o time do Bakugo. E no fim, passou quem se esperava que passasse mesmo.
1.5 - Deku x Todoroki, nas ideias
Antes do começo da próxima prova, temos um conhecimento melhor do Todoroki e a criação de mais um rivalidade para o Deku. Ao reconhecer as semelhanças entre Midoriya e All Might, Shoto o chama para um canto e lhe conta, brevemente, sua história, e explica sua determinação de vencê-lo. É meio complicado tentar analisar o Todoroki agora, sabendo tudo que eu sei do futuro, mas que ele ainda não falou ou demonstrou. Mas, é muito notável o empenho que Horikoshi teve para este personagem. É genuinamente assustador o passado de Todoroki, a questão do casamento arranjado de dons, o modo como seu pai o trata (uma criação e não um filho) e, o principalmente, a marca que sua própria mãe o causou ainda na infância.
Shoto é o oposto ao Deku, nesse sentido. É alguém com um dom poderosíssimo, mas de uma lar quebrado e cheio de traumas, enquanto nosso protagonista vem de um lar saudável, mas que carece de algum poder. Então, enquanto Todoroki trilha sua jornada sozinho, renegando até mesmo parte de sua identidade (o poder do fogo), Deku é movido pela força daqueles que estão junto com ele, seja literalmente ou emocionalmente.
E nesse exato ponto que temos o estabelecimento da temática desse volume, sobre os sonhos e vontades, e o que os motiva. Enquanto Shoto quer provar que não precisa do poder do pai para ser o número um. Deku quer fazer valer o apoio e auxílio de todos que estenderam a mão em seu caminho.
2 - Hora das lutinhas
Como um bom shonen de lutinha, e fazendo paralelo ao que já falei na resenha do volume 3, como que o Exame Chunnin no Naruto termina? Exato, no mano a mano, e é o que temos aqui. Chega de jogos e brincadeiras, hora do bom e velho torneio de luta com chaveamento.
A primeira luta é a mais interessante desse volume, com Deku e Shinso. Que forma interessante de colocar o protagonista contra a parede do que um inimigo que ele não pode responder. Assim como Izuku, a gente sente a angústia nas palavras do adversário e sabe muito bem como ele está errado no que fala. Mas tudo é estratégia para que o outro responda, e nós, assim como ele, sabemos disso. Então vamos acompanhando tudo que é dito na sensação de impotência de não poder retrucar ou argumentar contra, apenas dá pra encerrar a luta o mais rápido possível e era isso.
Shinso é um personagem bem interessante, uma pena que vai demorar um tempo ainda até o vermos de novo em destaque. E é nesse luta que temos o primeiro relance de que o One for All é mais que um poder de aumento de força, quando Deku está encurralado e por um momento tem uma visão de seu antecessores.
As demais lutas seguem normalmente, divertidas e engraçadas, Iida contra Hatsume é um destaque a parte. E encerramos o volume com a luta entre Uraraka e Bakugo preste a começar. Mais uma personagem coadjuvante se levantando para buscar independência do protagonista e disposta a lutar pelo que acredita, algo que, como falei, é o tema desse arco.
Nota: 8/10.