Espadas e Bruxas

Espadas e Bruxas




Resenhas - Espadas e Bruxas


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Cristiano.Cruz 28/10/2023

Mestre do Tema
Três personagens compõem os diferentes arcos apresentados neste volume de espada e feitiçaria: Wolff, Dax e Korsar.

Os dois últimos são totalmente capitaneados por Esteban Maroto; o primeiro empresta "apenas" o seu traço e narrativa.

Por isso mesmo Dax apresenta muitas facetas: da inexperiência vista nas primeiras tramas a um experimentalismo profícuo que se apropria da experiência narrativa do autor. Wolff abre passagem para o que está por vir.

Espadas e Bruxas só não se torna uma obra que conclui num crescendo porque Korsar - encomendada para suprir o testosterona masculino - tem um fim ex-machina nada conclusivo, o que por si não inviabiliza a trajetória dos personagens.
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Jon 20/10/2023

Uma nova chama
Recuperar essas histórias pela mão de Maroto é, como fez a Pipoca & Nanquim, reacender a chama que havia quase se apagado. Agora o fogo está alto com as obras recuperadas de Robert E. Roward (Conan), e tudo começou aqui.
Trata-se de uma seleção dos contos das personagens Woff, Dax e Korsar. Todos ambientados no clima de espada e feitiçaria, mas com propostas diferentes e bem ousadas. Vale a pena curtir esse tipo de literatura que quase entrou em extinção, mas prova a sua força, assim como suas personagens - diga-se de passagem.
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Paulo 25/06/2023

Esteban Maroto é um daqueles casos de autores que ficaram décadas sendo conhecidos por apenas um pequeno número de amantes de quadrinhos. Um artista que tem tudo a ver com o gênero de capa e espada, além de ser um ilustrador de mão cheia. Se formos olhar a quantidade de títulos importantes no qual ele esteve envolvido é de cair o queixo: Eerie, Espada Selvagem do Conan, Vampirella, Aquaman, Red Sonja. Até pela Zatanna ele já passou. Espadas e Bruxas foi o título de estreia da editora Pipoca e Nanquim que na época despontava com um grupo de fãs de quadrinhos que tinham um canal e deram um salto adiante. Anos mais tarde e vários títulos de melhor editora do ano mais tarde podemos dizer que o título representa um marco para os quadrinhos no Brasil. Mas, na época foi uma bela de uma aposta. O marketing foi acertado (como se tornou a marca registrada da editora) e a escolha do autor foi acertada. Espadas e Bruxas é um mish-mash de histórias do autor com três personagens em uma sequência de histórias, mas nos permite perceber as potencialidades de um monstro do PB como é Esteban Maroto. Vamos falar um pouco sobre cada personagem.


No aspecto geral, a HQ é lindíssima, em tamanho europeu, capa dura e papel couché (um artigo de luxo hoje já que o couché se tornou caríssimo). A tradução é de Alexandre Callari e Daniel Lopes e preciso dizer que a tradução ficou muito acima da média. Não posso dizer se catei pequenos errinhos porque não sou tão observador assim, mas posso comentar sobre o estilo do texto que para mim é tão importante quanto. O fato de o Alexandre Callari ser um fã do gênero de capa e espada oferece a ele uma perspectiva única e ele consegue impor essa forma na tradução, mantendo a essência do texto de Maroto. O texto é bem tranquilo de ser entendido e o leitor não vai se perder. Temos três ciclos de histórias: uma com Wolff em um mundo distópico, Dax em um mundo padrão de capa e espada e Korsar que perambula por localidades mais pitorescas. Tem um bom texto de apresentação do Juan Miguel Aguilera falando do impacto de Maroto para o mercado espanhol e mencionando alguns de seus principais trabalhos. No início dos três ciclos de histórias tem um texto pequeno do autor falando como surgiu a ideia e o que ele pensava para o personagem. O texto do Korsair é um pouco maior e de autoria do Roy Thomas.


Falando do Wolff, o mundo em que ele se encontra sofreu algum tipo de cataclismo que levou a humanidade à beira da extinção. Alguns indivíduos ganharam habilidades mágicas e consegue manipular incríveis poderes. Estes passaram a ser conhecidos como bruxos. A história começa quando Wolff retorna para a sua vila para ficar junto de sua amada Bruma, mas se depara com um terrível cenário de destruição. Algo deixou a vila em ruínas e através de visões que lhe são conferidas pela Bruxa da Névoa Escarlate, Wolff descobre que isso foi uma obra dos bruxos de Ginza. Ele parte então em uma jornada para tentar libertar seu povo e rever sua amada, mas enfrentará inúmeros desafios envolvendo bruxaria e mulheres curvilíneas e sensuais.


Nessa primeira história já conseguimos ver um pouco do que é a arte de Maroto. Claro que essa é uma coletânea mais cronológica e as mais tardias são as do Korsar, e a gente consegue ver como o traço do Maroto está bem mais refinado. Nessa primeira história o que salta os olhos é o incrível domínio que ele tem da ponta do lápis e do emprego do branco. Esse ano li alguns autores que sabem usar bem o branco como Chabouté ou o Eisner, mas Maroto tem um domínio incrível disso. Dominar o branco é saber como ocupar os espaços, criar contornos para que nossa mente consiga fazer o processo de preenchimento das ausências. Por exemplo, tem uma cena em que o Wolff é atingido por uma criatura e cai estatelado no chão. Só que não há um chão ou um piso desenhado. Maroto apenas posiciona o personagem na diagonal e nos fornece a impressão de que ele está deitado no solo enquanto o inimigo de aproxima. Os indicadores são apenas algumas outras coisas pelo cenário como rochas e elevações. O design de personagens do Maroto é incrível, mas confesso que alguns quadros do Wolff me pareceram um pouco estranhos com partes do corpo que não deveriam estar posicionados como estavam. Foi uma impressão. Falar das mulheres maravilhosas que esse homem deseja é um escândalo. Sério, os detalhes nas maçãs do rosto, nos cílios, os cabelos esvoaçando ao vento. Milo Manara é um monstro nesse quesito, mas o Maroto não fica nem um pouco atrás.


A narrativa segue a jornada de Wolff por vários momentos e nos oferece histórias curtas onde o personagem precisa encarar algum tipo de armadilha ou desafio. As histórias podem ter entre oito ou dez páginas e algumas delas duram duas ou três partes. Narrativamente é que a história me incomodou um pouco porque não há exatamente uma sequencialidade ou coerência. Algumas histórias terminam abruptamente e o capítulo seguinte meio que simplesmente começa em outro lugar. Ele escreveu o Wolff para a revista Drácula que possuía várias histórias de diferentes artistas. Provavelmente ele precisou editar a maioria de suas histórias, o que prejudicou em parte sua compreensão. De toda a forma, a narrativa tem um início e um desfecho então o leitor saberá o que aconteceu depois que o personagem enfrentou seu antagonista. Um detalhe: todas as HQs são bastante carregadas de texto, o que era uma marca da época. Basta ver as primeiras edições da Espada Selvagem do Conan. Aviso porque sei que alguns leitores não gostam muito de quadrinhos mais carregados de texto.


O segundo personagem desta coletânea é o Dax (que era para ter sido chamado de Manly, mas não foi). São histórias curtas com um bárbaro a la Conan, porém loiro. Gostei mais desse ciclo de aventuras porque elas não necessariamente seguem uma narrativa maior. É um guerreiro vivendo todo tip0o de adversidade enquanto luta contra aqueles que cruzam o seu caminho. A gente também percebe um Maroto mais maduro, com roteiros mais complexos. Tem duas histórias que acho sensacionais. Uma delas chama-se O Jogo e é uma criatura muito poderosa que arrasta o bárbaro para o seu salão para jogar um jogo mortal: um xadrez cujas peças são amigos e familiares de Dax que morreram há muito tempo. Dax precisa usar sua inteligência ao invés de seus músculos de aço para superar o bruxo. Outra história bem legal é a adaptação que Maroto faz da história de São Jorge usando o Dax como o guerreiro. A narrativa é bem construída e consegue entregar a mensagem baseada na história da qual se inspirou, dos sacrifícios feitos ao dragão e de como a filha do líder da cidade se tornou a futura sacrificada.


Uma característica importante de Dax é o fato de ele ser um espírito livre. Ele não gosta de nada que tome dele a sua capacidade de escolher. Em alguns momentos ele tem a possibilidade de permanecer ao lado de mulheres maravilhosas e estonteantes lhe agradando de todos os jeitos possíveis e imagináveis. Só que ele não deseja também estar preso a um lugar para sempre. Ele também é bastante questionador e não aceita necessariamente o que lhe é dito sem contestar algum ponto. Um bruxo que diz a ele ser impossível derrotar as criaturas que o aprisionam, uma mulher capaz de prever o futuro tem sua habilidade posta em dúvida. Ou até mesmo lendas que são postas à prova. Mesmo sendo um personagem típico de capa e espada, Dax revela uma sagacidade bastante interessante. Gosto de pensar que Maroto teve a possibilidade de colocar mais coisas no personagem do que se espera deles.


Dos três o último é o Korsar e esse tem histórias um pouco diferentes. Tendo sido escrito para uma revista de viés mais sexual, temos cenas mais explícitas aqui. O personagem começa como um escravo na corte de uma rainha cujo prazer é ver homens agonizando em sua arena de lutas. Ela gosta de ter relações sexuais com homens suados e recém saídos de combates mortais. Mas, o cartano, desejando se ver livre daquele circo de horrores, arquiteta um plano ao lado da curvilínea Sayda. Depois de escaparem da sombria Naja, eles começam a viver várias aventuras envolvendo lutas mortais, feitiçaria e muito sexo. As histórias de Korsar envolvem dois grandes arcos: a chegada na cidade de Opar e a jornada rumo ao covil da bruxa Atla. São boas histórias e a arte do Maroto está em um nível descomunal de precisão. Suas formas e silhuetas conseguem impressionar e cada página é como um enorme poster. Dos três personagens é o que menos curti muito por causa dos roteiros medianos, mas dá para perceber uma certa poesia nas frases do Maroto. É uma série dedicada ao amor e à exploração do prazer em todas as suas formas. Se não te convenci com esse argumento, ficam as belíssimas imagens de cenários devastados, cidades luxuosas e arenas mortais. E essa é a própria essência dos quadrinhos de Maroto onde o barbarismo e a sensualidade se encontram em histórias emocionantes. Já quero a próxima HQ do Maroto e que bom que tenho tanta coisa ainda a explorar.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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Dado Silva 22/05/2023

Bem mais do que apenas espadas e bruxas...
Um prato cheio para os amantes do gênero espada e feitiçaria. Histórias envolventes e inventivas, repletas de violência, criaturas fantásticas e doses módicas de erotismo, que ganham vida no traço magnífico de um verdadeiro mestre da nona arte. Simplesmente um deleite!

site: https://www.instagram.com/dadosilva13/
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Wellington.Santos 22/02/2023

Histórico e curioso
É interessante ver como a escrita do autor foi evoluindo, como cada personagem tem sua maneira de pensar e lidar apesar das semelhanças, assim como é retrato da época em que foi escrita e desenhado, com uma hipersexualização dos personagens masculinos e femininos. Importante para os fãs do gênero e crítico para todos.
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Cleber 22/01/2023

Maroto
Quero muito ver as histórias do Conan desenhadas pelo Maroto. Nesse compilado e sempre com uma arte incrível, Maroto nos trás as histórias de três personagens diferentes, que de diferentes não têm quase nada. As histórias são datadas e não mudam muito. Os personagens são sempre fodões e traçam logo a primeira gostos aque aparecer, aliás esse é o ponto essencial das histórias, onde até mesmo as bruxas feiosas se transformam em mulheres exuberantes. Mas é claro que vale ressaltar a criatividade do autor em fazer uma história em apenas cinco páginas e volto à afirmar que a arte do Maroto é incrível e vale a pena conferir.
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poli! 09/10/2022

ok, vamos lá. essa HQ apresenta histórias de três personagens: Wolff, Dax e Korsar. a personalidade deles é basicamente a mesma, poderiam se passar facilmente pelo mesmo personagem se suas aparências nao fossem diferentes (por mais que nao sejam tão diferentes assim). ok, é até um pouco compreensível pelo tipo de personagem q eles representam. mas que p0rra de roteiro confuso é esse??? na real, parece q essas histórias nem tiveram um roteiro. tudo acontece do nada. é confuso. não faz sentido. não dá pra entender nada.
me incomodou bastante a forma como as mulheres foram retratadas nessas histórias. sério, elas só aparecem na trama com o propósito de transar e morrer. SÓ. também só existem dois tipos de personalidades pra elas: ou são vilãs más, ou são mulheres bobas e submissas que só precisam e querem ser salvas por um belo guerreiro. sem falar da extrema sexualização dessas personagens que *pasmem* são todas iguais fisicamente.
ah mano, sei lá. os traços dessa hq são muito bonitos, MUITO bonitos mesmo. o trabalho de Esteban é impecável nesse quesito. sua riqueza de detalhes, às vezes, é até exagerada e deixa os desenhos um pouco confusos. mas é uma arte, sem dúvida alguma, admirável! porém, de nada adianta uma arte bonita despejada nas páginas, acompanhada de falas, sem um roteiro que faça sentido.
para mim, o que salvou foi a última história de Dax porque foi a única q eu não achei confusa, e realmente gostei do desenrolar dela. além do fato de ter sido a única sem sexo!!! (graças a Deus pq eu juro q não aguentava mais). a longa história de Korsar, eu também gostei um bocado! por mais que tenha ficado zonza e enjoada de tantas cenas eróticas que teve
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Ricardo.Rincon 07/01/2022

Esteban Maroto arrasa
Mais uma leitura de um quadrinho do Maroto, e mais uma vez eu estou surpreendido com a maneira que ele escreve as suas histórias.
Wolff, Dax e Korsar são três personagens que se parecem, mas que são completamente diferentes, se é que isso faz sentido.
Com certeza umas das melhores leituras de espada e feitiçaria que eu já fiz.
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Joey Resende 10/11/2021

Que arte e essa meus amigos.
Uma compilação de histórias do autor com esse traço lindíssimo e o trabalho gráfico incrível da editora Pipoca e Naquim (apesar de ter sido a estreia eles já mandavam muito na qualidade gráfica).
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Jenifer Tertuliano 10/08/2021

Parece tudo igual
Wolff, Dax e Korsar são os três heróis que estrelam as aventuras dessa HQ, mas poderíamos dizer que são a mesma pessoa.
Isso pq as histórias são basicamente as mesmas, eles estão sempre no local propício sem nenhuma explicação de como foram parar ali, tem sempre uma mulher nua esperando para ser salva e para se entregar ao herói, e por último eles salvam o dia.
Só isso.
Mais nada.
Claro tem duas histórias que gostei, mas são apenas dias em uma HQ de quase 260 páginas, então sei lá, senti que faltou muito.
Como disse Sayda, a companheira de aventura do Korsar "As aventuras são sempre as mesmas, a diferença é só uma questão de forma".
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Reinaldo T. Ouriques 17/06/2021

Uma aventura épica.
Adoro histórias com a temática Espada e Feitiçaria, especialmente aquelas que me fazem imaginar como seria uma versão RPG, onde os jogadores pudessem interagir com o mundo que está sendo apresentado.
É exatamente isso que aconteceu com essa obra. Um compilado de contos que remetem a era Hiboriana (ou perto disso), Esteban Maroto se prova, mais uma vez, um gênio. Recomendo a leitura.
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Gabriel 04/02/2021

A arte é espetacular...
A arte vale muito e as historietas trouxeram conceitos que ficaram para sempre no gênero...
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Jaqueline 24/10/2020

Acompanho Pipoca e Nanquim há algum tempo e sei a importância que essa edição tem para eles, porém infelizmente não é um gênero que me agrade.
Li por curiosidade, mas confesso que fiquei incomodada com a extrema sexualização das personagens femininas e da constante dualidade delas ou serem más ou serem as donzelas em perigo que precisam ser salvas pelo herói da história As poucas vezes que elas têm uma participação mais ativa, acabam não tendo destinos muito satisfatórios.
Além disso, como a história em si ficou um pouco confusa para mim, os traços carregados (mesmo sendo bonitos de se ver) acabaram não colaborando para o entendimento do que estava acontecendo nas cenas.
Acredito que para aqueles que gostem desse gênero e que gostem de Conan vão adorar essa hq, mas no meu caso serviu apenas para matar a curiosidade sobre um universo que eu ainda não tinha familiaridade.
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Rodrigo Leão 26/09/2020

Espadas e bruxas
Eh muito bom , porem me senti um pouco confuso as vezes, mas consegui nós entreter muito
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