Gramatura Alta 19/08/2017
Normalmente, no Japão, primeiro se faz um mangá e só depois o anime. HAL seguiu o caminho inverso. A edição foi feita com base no anime de mesmo nome, que você pode assistir no Youtube, e cujo trailer está no fim deste post.
A história é tão simples quanto parece na sinopse, mas isso não quer dizer que ela não transmita uma carga emocional complexa. Quando o robô Q01 começa a interagir com Kurumi, a garota que perdeu Hal, o namorado, a narrativa passa a ser intercalada com eventos do passado que esclarecem o relacionamento que o casal levava.
Esses eventos são mostrados através da restauração de uma peça de vídeo que foi danificada no acidente fatal de avião, e que Kurumi tenta completar a todo custo. Os trechos de vídeo estão incompletos, cortados, mas deixam claro que as coisas não eram tão perfeitas assim entre os dois. Não porque eles não se amassem, mas porque existiam problemas vindos do passado de Hal e que comprometiam a estabilidade do que eles sentiam um pelo outro.
Mais do que isso. Na metade da história, começamos a perceber que algo de muito grave aconteceu antes da viagem. Algo que é confuso, que contradiz aquilo que sabemos até então. E só quando a peça de vídeo é totalmente restaurada, que acontece em um momento bem dramático da história, é que o leitor consegue compreender que o que está lendo pode ser uma grande e triste reversão de situações.
Kurumi e Hal compartilhavam uma brincadeira onde escreviam em um cubo mágico aquilo que mais desejavam. Q01 encontra o cubo de Kurumi e, ao montá-lo e descobrir os desejos da garota, começa a realizá-los como forma de aproximação. É muito bonito e emocionante o trabalho que o robô tem para conseguir isso, e em como Kurumi, aos poucos, se deixa levar pela curiosidade e, mais tarde, pelo desejo de realmente conhecer um pouco mais de Q01.
HAL não é apenas uma história de amor, mas uma lição de como as coisas simples que possuímos, na maioria das vezes, são as mais importantes. De como nosso passado, se a gente deixar, pode comprometer e arruinar nosso futuro. E em como podemos perder quem mais amamos de um momento para o outro, sem a chance de dizer adeus ou pedir perdão.
Quando chegamos na parte final do mangá e descobrimos o que realmente está acontecendo, a história consegue se tornar mais triste por subverter um sentimento que vínhamos superando e que descobrimos que estava sendo direcionado para o personagem errado. É uma surpresa que obriga o leitor a soltar algumas lágrimas e a pensar um pouco na sua própria vida. A vontade que fica é de sair correndo e abraçar quem amamos, bem rápido, bem forte!
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site: http://www.gettub.com.br/2017/08/hal.html