Katsura/Akira

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Resenhas - Katsura/Akira


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Luciano Luíz 15/04/2022

KATSURA/AKIRA - SHORT STORIES contém duas histórias. Uma curta e a outra um pouco maior. MASAKAZU KATSURA é autor de séries como VIDEO GIRL AI, ZETMAN e outras mais. Bastante conhecido por desenhar garotas sensuais e com cenas bastante provocantes, coisa erótica com roupa, assim digamos. AKIRA TORIYAMA é aquele conhecido autor de DOUTOR SLUMP e DRAGON BALL e dispensa apresentação.
Aqui o roteiro é de Toriyama com os desenhos do Masakazu. Obviamente devido a parceria com este desenhista há diversos momentos de cunho sexual. Inclusive, há até mesmo uma cena de sexo oral. A faixa etária desta edição no Brasil é pra maiores de 12 anos, porém, o conteúdo, mais especificamente desta cena acaba indo em conflito. A cena em si não mostra de forma explícita, mas você vê. Os autores quiseram dar um ar mais, adulto, como se fala por aí quando envolve atos sexuais diretos ou indiretos numa obra.
Mas, fora isso contém muito humor e as típicas lutas com golpes exagerados. Na primeira história temos uma adolescente de 14 anos com uma mancha na bunda e ela é sempre bulinada na escola por causa disso. Os meninos dizem que aquela mancha parece merda, que ela tá cagada, etc. E depois eles fogem porque a menina é forte. Nisso chegam uns aliens que buscam ajuda para livrar um planeta de certos criminosos. Os aliens já haviam recrutado um jovem lutador em outros planeta. Disseram que em troca de ajudar na luta contra os bandidos, o rapaz a e amenina podiam escolher qualquer coisa duma revista (tipo um catálogo) de desejos. A menina viu que tinha tratamento estético pra remoção de manchas e aí topa. O rapaz quer sementes para poder dar comida ao seu povo. Então eles partem com os alienígenas para a briga. O resultado vai além do esperado.
Durante a viagem e as lutas, as cenas sensuais e piadas são rotineiras.
A segunda história é sobre um vampiro que sequestra jovens garotas e um patrulheiro galáctico aparece para investigar sobre o sumiço de outro patrulheiro. É aqui onde a cena do sexo oral é usada. Apesar disso é extremamente divertida... afinal, o humor é o que vem no topo da parceria dos autores.
São apenas duas histórias, é uma edição que eu nem sabia que tinha saído no Brasil há alguns anos. Daí consegui uma edição na Estante Virtual. Meio judiada, mas que deu pra ler de boa.
Não sei se devido ao conteúdo volta a circular por aqui. Talvez com nova faixa etária.
Para quem é fã dos autores compensa ir atrás. Não é algo do tipo: meu deus, que trabalho fabuloso, mas serve para se entreter.

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/lucianoluizsantostextos/
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Paulo 18/12/2018

Este é um mangá bem diferente do padrão e que navega naquele clima nostálgico das obras dos dois autores. De um lado temos Masakazu Katsura, um mangaká conhecido por suas histórias mais emocionais e que exploram o lado humano dos personagens. Video Girl Ai foi um dos primeiros mangás que eu li na vida e lembro até hoje o quanto aquela história me emocionou. Do outro temos o monstro Akira Toriyama, criador de uma das maiores franquias de mangás de todos os tempos: Dragon Ball. A proposta da Jump SQ era a de que os dois produzissem uma história juntos contando com toda a liberdade. E o resultado é bem inusitado.

Toda a parte gráfica ficou nas mãos de Katsura. É ele quem faz o design de personagens e confesso que achei as duas histórias curtas bem desequilibradas nesse sentido. Sadie-chan é uma história cujos visuais não impressionaram nem um pouco. Achei genérico demais e apesar da criatividade do Katsura para criar o planeta dos octos, nada ali me impressionou muito. Já Jiya tem um visual bem retrô que remete aos mangás da década de 1990. O próprio Jiya tem um visual bem nessa linha, com o design bem retilíneo e duro enquanto os demais personagens mantém detalhes como tipo físico, olhos e expressões que me lembraram demais Video Girl. Inclusive a Kaede tem alguns traços da Ai (rosto e olhos). Mesmo assim, os traços em Jiya são normais apenas. Nada muito esplêndido e as lutas eu achei um pouco confusas.

O roteiro ficou com o Toriyama que acabou limitando bastante o trabalho do Katsura. Mesmo o design de personagens ele teve a palavra final. Pelo que eu entendi nos extras do final, haviam guidelines que precisavam ser seguidas pelo desenhista. Sadie-chan é a cara do Toriyama: aquela história bobinha com algumas situações engraçadas e um pouco de luta. Tem até um pouquinho de ecchi que me fez lembrar dos bons tempos em que o Goku (na primeira série de Dragon Ball) passava por umas situações bem bizarras com a Bulma. Já a história do Jiya tem uma pegada mais contemporânea, com alienígenas e exploração espacial. Temos um protótipo de conquistador que espelha toda uma série de outros conquistadores como o Freeza, o Garlic Jr, e tantos outros. Nenhuma das duas histórias é original, mas são divertidas e servem para passar o tempo.

Sadie-chan é a história de uma menina chamada Sadie que parece fracote, mas através de macarrão instantâneo se transforma em uma das pessoas mais fortes da Terra. Alguns alienígenas, os octos, vem à Terra pedir a ajuda de seu pai para livrar sua vila de alguns bandidos. Mas, o pai de Sadie havia saído e ela vai no lugar dele. Aí vamos viver mil aventuras ao lado de Sadie e de Zarido (outro lutador muito poderoso). A história tem um clima bem leve e não há um grande tema a ser tratado. Se podemos comentar alguma coisa sobre a história é o de nunca julgar um livro pela capa. Sadie tem uma força impressionante apesar do seu jeitinho de gal atrapalhada. Ela dá a ideia de que poderia ser uma ninja, mas esqueçam completamente isso. É só ideia mesmo.

Já Jiya é um pouco mais pesado e complexo. Jiya é um patrulheiro galático que está na Terra por causa de um relatório conflitante de seu companheiro Stis. Este havia dito que o planeta deveria ser destruído e que não havia nada que valesse a pena nele. É então que Jiya conhece Kaede e Kyumonji que vão mostrar a importância do ser humano e seus hábitos estranhos. É sempre legal ver uma abordagem divertida sobre os hábitos dos homens. Toriyama sabe jogar elementos bem irônicos quando quer. Algumas situações são hilárias como quando Kyumonji vai ajudar uma prostituta e ela dá um servicinho para ele. Não mostra nada explícito, mas é algo que certamente vai arrancar algumas risadas. Já tivemos essa exploração do choque cultural em outras histórias do Toriyama como a inocência do Goku diante da civilização. É sempre bom ver o autor retornando a esse tema. Mas, novamente: nada de novo ou criativo nisso.

Katsura/Akira vale um pouco pelo traço do Katsura que continua bom apesar do Toriyama ter influenciado até demais nisso. Vale também pela diversão dos roteiros do Toriyama que continua sendo muito engraçado. Ele consegue explorar alguns clichês de uma maneira bem própria.

site: www.ficcoeshumanas.com
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