Padfoots 29/06/2021
Desenvolvimento + Hero Killer
Depois de um arco divertidíssimo e recheado de desenvolvimento de personagens como foi o do Festival de Esportes, eu imaginei que o Horikoshi fosse dar uma pausa na emoção com um volume mais leve e meio filler, para focar um pouco mais no treinamento da turma 1-A e introduzir alguns pontos para um próximo arco, mas parece que esse autor é incapaz de fazer um volume sem emoção. Minha nossa, eu não estava esperando mais um volume emocionante tão cedo, mas fiquei bastante feliz com essa surpresa, não vou mentir não.
Um ponto muito positivo que eu consigo ver nesse volume é a forma como o autor consegue mesclar os momentos mais leves de desenvolvimento dos personagens com os momentos de tensão. É fluido e sem enrolação, mas sem parecer apressado. Gosto muito desse passo que ele mantém na narrativa, coisa que ele faz desde os primeiros capítulos, é verdade, mas que fica cada vez mais visível à medida que todas as primeiras introduções já foram feitas e o plot da estória vai ficando mais denso e complexo.
Outro ponto que eu achei muito legal foi ver o Midoriya ganhar um novo mentor, além do All Might. Eu simplesmente adorei essa primeira participação do Gran Torino. As cenas de treinamento entre ele e o Midoriya foram muito divertidas de ler e foi mesmo interessante conhecer um pouquinho mais do background do All Might, de certa forma. O All Might é um personagem tão importante, mas cujo passado nós sabemos tão pouco sobre, que é impossível não ficar ansioso com cada pedacinho de informação que o Horikoshi nos dá. Aaah, quando será que vamos ganhar uns capítulos de desenvolvimento de verdade sobre isso, heim? Tô que não me aguento de curiosidade. HAHA
Passadas as partes mais leves, o grande conflito do volume é sem dúvidas o confronto com o Hero Killer. O personagem foi apresentado no volume passado, logo no finzinho, mas é nesse aqui que o arco de história dele é desenvolvido de verdade.
Achei um bom vilão, principalmente levando em consideração a filosofia que parece nortear as ações dele. É sempre interessante quando os vilões possuem personalidade dessa forma, quando eles não são vilões apenas por serem maus e acabou. Isso enriquece a obra e sempre torna a narrativa muito melhor de acompanhar.
O confronto entre o Iida e o Hero Killer -ou Stain, tanto faz- foi de partir o coração. Gente, tadinho do Iida, passando uns sofrimentos desse. Foi tão bonitinho ver a devoção e a admiração que ele tem pelo irmão mais velho. Quem tem irmão mais velho sabe que eles sempre são nossos modelos, mesmo que a gente nunca admita de bom grado por pura pirraça, e ver o Iida sofrendo tanto por conta da injustiça cometida contra o irmão mais velho, ou melhor, o ídolo dele foi dolorido de verdade e eu não consigo julgá-lo por acabar buscando vingança. Torço muito para que tudo acabe bem para ele. O Iida é um personagem tão querido, não gosto de vê-lo sofrendo dessa maneira.
E, por fim, depois de ter feito uma resenha tão emocionada no último volume por causa do Todoroki, eu não podia terminar essa resenha aqui sem mencioná-lo. Gente, eu fico tão feliz que o Shoto esteja finalmente dando sinais de estar superando aquela desgraça de infância horrorosa que ele teve. Só de saber que ele está fazendo as pazes com a mãe e vai enfim conseguir seguir em frente me deixa com um quentinho no coração tão grande, socorro! Até que enfim um pouco de felicidade na vida desse menino, né!? Merecido.
Menção honrosa à cena da escolha dos nomes de heróis da turma 1-A. Senhor do céu, o que foi aquilo do Bakugo querendo ser chamado de ‘Rei Massacrador Explosivo’? Ri alto ali.
Nota: 4,5/5