Danilo 23/04/2021
Vai ser difícil superar a terceira edição
Ao contrário das outras edições de Conan que escalavam os perigos, consolidando a personalidade do Cimério, explorando o universo hiboriano e adicionando elementos lovecraftianos essa parece seguir a fórmula de maneira quase monótona, sem se destacar em nada.
A edição começa com uma abordagem de "contos" com Pacto Maldito e A Última canção de Conan de 1975, essa última sendo um poema e não uma narrativa.
Corsários Contra a Sytigia adapta A Hora do Dragão de Robert E Howard e, talvez por ter sido feita MUITO melhor em Rei Conan aqui começou fraca, mas logo se recuperou trazendo John Buscena como desenhista e um cenário que adentrava cada vez mais a misteriosa Stygia. Vemos as partes finais sob o ponto de vista dos inimigos de Conan, é interessante a parte do uso das estratégias militares que escala para uma verdadeira guerra, mas é impossível não ficar desapontado com o final do "vilão" da história.
Em A Maldição da Deusa Gato também de 1975 vemos o que aconteceu com os Zuaguires que Conan liderou por tanto tempo, os temidos Lobos do Deserto. E teria sido bem melhor terem dado um fim neles na edição passada em O Terror que Dorme Sob a Areia quando trouxeram o líder deposto por Conan como inimigo numa história incrível. Aqui trocaram uma criatura lovecraftiana que descansava no deserto por uma estátuazinha.
O destaque da edição vai para o final de A Fortaleza dos Condenados de 1976 que evoca novamente todo o clima de batalha ameaçador do universo de Conan, em meio à uma guerra civil e com uma ameaça desconhecida e digna de A Cor que Caiu do Espaço de Lovecraft.