Resenhas - Bendita Cura #1

Clara 30/12/2023

Em um dia despretensioso peguei esse livro para ler. É muito triste saber que histórias assim (ou piores) aconteceram e acontecem pelo mundo...
Gostei bastante da dinâmica das cores aqui

May 16/12/2023

Uma história de luta
Comprei a coleção toda para ler, estou gostando muito, o quadrinho conta a história de Acácio, um garoto que é constantemente torturado pelos pais. A história é impressionante.

Marcos.Winther 11/10/2023

Adorei essa história
Adorei como o autor tratou os temas desse livro. Acho bastante importante a leitura dessas obras por membros da nossa comunidade, principalmente por tempos terríveis que nós LGBTQIA+ passamos no Brasil e no mundo. Livros mesmo com temas sensíveis para nós, abrem nossa mente e assim faz conhecermos mais sobre nossa história e formas de combater a homofobia e a falsa cura que empurram para nós da comunidade. Recomendo demais a leitura dessa HQ.

Ana Carolina Andrade 16/09/2023

Mais atual do que gostaríamos
Resenha conjunta dos três volumes (sem spoilers de nenhum).

Acácio do Nascimento, um menino nascido em 1960, desde sempre gostou mais de brincar com bonecas do que carrinhos. A história acompanha a vida de Acácio dos 5 aos 59 anos, passando por todos os ?tratamentos? aos quais é submetido e se submete para tentar se tornar um homem ?normal?.

O livro mostra desde o início que existe luz no fim do túnel para Acácio, o que torna todo o meio da história mais palatável por sabermos que, pelo menos dessa vez, haverá um final feliz. Ainda assim, todo o percalço até lá é intenso e difícil de acompanhar. Os quadrinhos são bastante explícitos e não têm medo de mostrar a realidade brutal pela qual tantas pessoas tiveram que passar.

O jogo de cores dos quadrinhos é super inteligente e muito proposital, e a sutileza da mudança na paleta me fez abrir um sorriso quando percebi. Pode ter quem diga que a história é exagerada, mas é fácil esquecer que essa foi (e ainda é) a realidade de muitos. Achei tudo muito verosímil.

Não é uma leitura fácil, e em sua maior parte nem mesmo agradável. Se violência anti-LGBT+ é um assunto sensível para você, recomendo cautela ao ler. Se você decidir ir em frente, terminei num misto de alegria (pelo desfecho) e dor (pelo caminho para chegar até lá).

Hamanda.Freires 10/04/2023

O sagrado cruel
Religião, paternidade, maternidade, sexualidade e identidade deviam ser sagrados. Dentre esses o que envolve outras pessoas acaba sendo vilões na vida de algumas pessoas. Religiões, pais e mães, quando deveriam ser paz, segurança e refúgio, as vezes são o próprio inferno. Digo isso porque a falta de respeito a coisa que temos de mais sagrada que é ser quem somos traz marcas, traumas e mortes internas. O livro retrata isso, o poder negativo que o externo pode fazer com o nosso psicológico, com nossa saúde, com a nossa vida! E vai além, pois narra situações criminosas como curas para coisas que não são doenças. Vale muito a pena a leitura.

Dango Yoshio 25/12/2022

Doloroso e real
É extremamente doloroso ler esse quadrinho. E mais doloroso ainda saber que, ainda hoje, muita gente acha que nós somos um erro, que precisamos de cura, que "é melhor ter filho bandido do que filho maricas".

Não é um quadrinho leve, é uma denúncia. Mostra como o preconceito destrói uma pessoa, forçando-a a viver uma farsa e perpetuando a violência pra poder ser aceita por quem a feriu.

E o uso das cores azul e rosa é genial.

Seria muito bom se esse tipo de história não precisasse existir, mas já que existe, vamos fazer nossa voz ser ouvida e vamos apontar o dedo na cara desses criminosos que se escondem atrás de um falso moralismo e um falso deus.

Yasmin.Olemberg 02/09/2022

Bendita Cura Vol. 1
Definitivamente um quadrinho capaz de espelhar a realidade da comunidade LGBTQIAP+ no Brasil, e com toda certeza uma história capaz de abrir os olhos dos ignorantes sobre como foi a vida de muitos deles não foi fácil. Até hoje infelizmente não é.

Isabelle.Cagega 25/04/2022

Sofrido
É o tipo de livro cruel demais, eu senti de verdade a história, o personagem sofre muito a sua vida inteira

Adonai 14/03/2021

Amor é cura
Por que enfiamos gênero e seus papéis em tudo? A pergunta clássica (e maldita) para uma pessoa grávida "é menino ou menina?" pode reduzir e silenciar quantas vidas?

De uma maneira crua e bem direta, Mário César constrói nos quadrinhos as inúmeras violências e dores de uma existência que escapa de muitos padrões. Além disso, o artista consegue expressar as expectativas (e frustrações) que os terceiros, como os pais, colocam em uma pessoa e a cobrança que isso gera, sem contar nas pressões que as instituições exercem (como a falida família tradicional, o câncer das religiões, etc).

Até quando vamos continuar violentando pessoas LGBTQIA+? Se ainda temos que discutir que rosa pode ser para qualquer pessoa, estamos longe de corrigir outras atrocidades desse país. E é sempre bom lembrar: amor não tem cura, preconceito sim.

dxgrayson 04/01/2021

Maravilhoso
Bendita Cura é o primeiro de três volumes de uma das mais sensíveis histórias que eu já me deparei. No prefácio de Márcio Caparica, há o seguinte trecho: "Se há algo que mais de três décadas de HQs me ensinaram é que, quando utilizadas com maestria, as histórias em quadrinhos são capazes de realizar as peripécias narrativas que nenhum meio eletrônico tem o poder de imitar fielmente. [...] nenhuma tela, grande ou pequena, consegue reproduzir da mesma forma a potência dessa mistura entre ilustração e palavra. Nem a intimidade criada entre o autor de quadrinhos e seu leitor." E é isso. É exatamente isso. Não há outro jeito de contar essa história.

Com o incrível desenvolvimento de Márcio César, Bendita Cura é muito mais do que ilustrações em uma folha de papel. É um universo próprio, único, que toma vida sozinho. Você sente mais do que está escrito, você percebe mais do que está vendo, você compreende que aquela é uma história muito maior do que apenas de garoto chamado Acácio.

É uma história delicada e rude, sensível e avassaladora. O livro, que por si só já ultrapassa as barreiras do "ótimo", conta com referências e conexões com a história brasileira que transforma a narrativa em "maravilhosa" para "extremamente sensacional". São fatos que não podemos esquecer e que infelizmente ainda não foram totalmente superados. Toda essa estrutura confirma o que já sabíamos: o nome do protagonista não é apenas Acácio.

É leitura obrigatória. E releitura também. E provavelmente uma terceira vez. Não hesite.

"Sem dúvida, o mundo é um pouco melhor porque Bendita Cura existe." ? Márcio Caparica.

HenriqueM.Castro 03/10/2020

Leitura e debate urgente e necessário. O trabalho desse quadrinho é incrível em arte e texto. A história é pesada, faz chorar, amargura, mas é a história real de muitas pessoas. Portanto, independente da sua orientação sexual, a leitura apresenta a violência - mesmo que movida por "boas intenções" - que a homofobia promove.

Ale Giannini 17/06/2020

Necessário
Se pensarmos que um ano atrás o STF teve que intervir contra o retrocesso que buscava tratar como doença a homoafetividade, podemos entender a importância da obra de Mário César.

Os quadrinhos tornam o tema acessível à diversos públicos e deve ser considerado como leitura, não só pela comunidade LGBTQ, mas por todos aqueles que buscam a igualdade social.

Esse primeiro volume trata da infância da personagem.

Vanessa Silveira 02/02/2020

Bendita Cura vol. 1
"Bendita Cura" conta sobre a infância sofrida do personagem Acácio Nascimento, que desde criança sofreu com a ignorância, preconceito e violência dos pais a respeito da descoberta de sua homossexualidade.

Em uma época complicada (anos 60 e 70) em que a homossexualidade era ainda mais reprimida que os dias de hoje, as atitudes consideradas femininas do pequeno Acácio eram vistas com grande desaprovação e decepção pelos pais, que na trama se utilizam de todos os piores recursos (violência, repressão, ajuda "profissional", religião) fazer o filho "ser um homem de verdade".

Os traços da HQ são marcantes e as aparições das cores azul e rosa são fundamentais enquanto Acácio busca entender sua identidade.

Uma história marcante e impactante. Curiosa para ler os outros volumes.

Mattheus.Schimanski 31/12/2019

Real, angustiante e tocante
Excelente!