MiojoGeek 20/08/2019Ezra Winston, é filho e neto de antiquários, profissão que acabou seguindo naturalmente, e que domina agora que está em idade avançada.
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Sua rotina se resume a receber em sua loja relíquias, e artefatos curiosos que passam por sua análise meticulosa.
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Um de seus fornecedores lhe traz um enigmático objeto. A curiosidade de identificar a origem, lhe deixa passar batidos o nome Mort Cinder no jornal que embalava o objeto, porém, uma sequência de eventos vai levá-lo diretamente ao homem das mil mortes, e sua vida, nunca mais será a mesma.
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Oesterheld, pra quem não conhece, escreveu nada mais nada menos que o meu quadrinho favorito, O Eternauta. Pense na expectativa que tinha para ler essa hq desde que @figuraeditora anunciou seu projeto no Catarse. Infelizmente eu não pude participa na época, mas garanti meu exemplar junto com a última campanha da hq do Bataglia, que já tem resenha por aqui.
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Mort Cinder, assim como O Eternauta, era publicado semanalmente, então, tem sempre aquele gancho da semana, que numa leitura normal, te faz colar nas páginas pra ler de uma vez.
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Separado em dez histórias, Mort e seu fiel escudeiro Ezra, vão entrar em tumbas, na construção da Torre de Babel, em navios de escravos, na primeira Grande Guerra, nas batalhas das Termópilas... Entre mortes e ressureições, a história vai sendo contada pela visão de alguém que trafega por eras.
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A arte de Breccia casa perfeita com a história criada por German. Toda em preto e branco, mescla com técnicas rudimentares e cria texturas únicas para ambientar esse universo.
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Enquanto lia eu sentia um misto de Operação Cavalo de Troia, Dylan Dog e Sherlock e Watson. Esses elementos de testemunha de momentos históricos, investigadores do pesadelo e parceiros, criam o ambiente perfeito para conduzir Mort Cinder ao posto de Clássico do Quadrinhos Mundial.
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Minha nota é 10/10. In Oesterheld we trust!
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