Thiago de Oliveira 08/08/2020
Neste terceiro volume, Jack Napier, o ex-supercriminoso Coringa, continua com seu plano de livrar Gotham de seu maior algoz: Batman. E nada melhor do que contar com um exército e o poder da burocracia para isso. Mas um novo personagem entra em cena, uma Neocoringa, e as coisas podem mudar.
Acrescentando essa nova personagem, Murphy transforma a trama em um jogo de xadrez para três jogadores: o Batman, Jack Napier e a Neocoringa. Mas é Jack Napier quem mexe as peças do tabuleiro e seu novo movimento é mobilizar todos os vilões do Batman, em um ataque coordenado ao centro econômico de Gotham.
E dentro deste caos que Gotham está se tornando cabe ao Batman se questionar até onde ele irá para restaurar a ordem.
É muito difícil ler a obra de Murphy e não associá-la ao Cavaleiro das Trevas de Frank Miller. São vários os elos que ligam as duas obras, mas é na psique do Batman que podemos traçar alguns paralelos mais fortes.
O Batman de Miller é um tirano autoritário, insano e violento. Uma figura totalmente dominada por sua obsessão e incapaz de se relacionar com os outros a sua volta.
Possuindo, de forma latente, as mesmas características de sua contraparte, o Batman de Murphy é o meio e não o fim dessa trilha. E em Batman - Cavaleiro Branco 3, o que se tem é a impressão de que o Batman está sendo empurrado nessa mesma direção.
Repleta de easter eggs, Batman - Cavaleiro Branco 3 termina com vários ganchos para a próxima edição ficando difícil prever o que vamos presenciar daqui em diante. Mas há uma certeza aqui: Sean Murphy vem criando uma das melhores história do Homem-Morcego nos últimos tempos.
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