Born Cartolla

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Resenhas - Born Cartolla


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Vai Lendo 03/06/2020

Reservei o meu exemplar da HQ Born Cartolla, de Levi Tonin, publicado pela Avec Editora, bem antes de ser lançada de fato. E, depois, fiquei esperando ansiosamente pelo lançamento e que o meu exemplar fosse, enfim, enviado para a minha humilde residência.

Toda espera de algo muito aguardado parece demorar bem mais. Mas valeu muito a pena, porque recebi uma história excepcional e exatamente do jeito que eu gosto.

Born Cartolla — que, para quem não sabe, é uma HQ nacional — se passa no nosso mundo mesmo, mas, na versão de Levi, a natureza é uma imensa fonte de magia. E os únicos capazes de usá-la são os viajantes. E é aí que entra a maravilhosa personagem principal, Galla Cartolla, uma viajante extremamente forte, cujo poder reside nas várias tatuagens que ela tem pelo corpo. Logo nas primeiras páginas, Galla conhece Terry, um rapaz que foi atacado por uma criatura maligna quando mais jovem, que o privou de seus pais e de seus olhos — literalmente —, mas que, talvez, tenha muito para mostrar do que um passado sombrio.

Só com isso já dá para saber que os dois vão acabar viajando juntos e que vai rolar muita treta, certo? E é isso mesmo o que acontece, porque logo o universo dos viajantes começa a entrar em colapso, diante de uma grande ameaça.

Eu não vou falar mais nada, porque vou acabar dando um spoiler. Então, quem quiser saber mais, vá ler a HQ.

E, se for ler mesmo, eu te aconselho a ficar de olho nos detalhes, nos símbolos e a pesquisar sempre que sentir necessidade, porque o autor faz muito uso de mitologias e figuras antigas e místicas, que nem sempre conseguimos identificar de imediato, mas cujo significado é bacana de saber. Eu, inclusive, depois que terminei de ler a primeira vez — sim, eu já li duas vezes, porque, assim que terminei na primeira vez, fiquei tão ávida por mais, que abri no início e li tudo de novo —, entrei em contato com o Levi para tirar algumas dúvidas que haviam ficado justamente porque eu não prestei atenção em alguns detalhes que se provaram mais importantes do que eu achei que fossem.

Uma das coisas que mais me agradaram no livro — junto com os personagens em si, que eu achei maravilhosamente bem construídos — foi a forma como o Levi colocou a magia e todas as regras que a tornam real. Ou seja, eu amei o universo dos viajantes e tudo o que faz com que eles sejam como são. Achei que ficou muito bem feito e coerente com o que o autor parece se propor a mostrar.

Achei o final sensacional — ainda melhor do que eu tinha imaginado — e fiquei bem satisfeita.

Posso falar com toda segurança que eu amei a história, e acho que contá-la no formato de uma HQ a enriqueceu absurdamente. Com certeza, ela perderia um pouco do impacto se fosse narrada apenas em prosa. Eu acho que o autor mandou muito bem, tanto na história em si quanto nas artes. Levi, já sou sua fã e estou aguardando os próximos trabalhos.

E, por falar em próximos trabalhos, acho que o universo de Born Cartolla deixou muitas pontas que, de fato, não eram relevantes para essa história especificamente, mas que seria maravilhoso explorar — temos o pai da Galla, que certamente teria muito para mostrar, temos os Fullgrans e a ligação deles com a natureza, muito mais forte do que em outros viajantes, temos o próprio vilão, cujo passado poderia ser mostrado, enfim, tem é pano para manga nessa história.

Então, Levi, fica aqui a dica. Sem pressão.

Mentira. É com pressão, sim. Faz logo essa “bagaça”.

Quanto ao trabalho da editora, só tenho uma reclamação e uma sugestão. Por que não tem as orelhas de capa no livro? Elas são nossas amigas e nos impedem de amassar as pontinhas da capa. Por favor, Avec, a partir de agora, coloca as orelhas de capa, “okay”? E a minha sugestão é que façam uma reimpressão colorida — naturalmente, o preço vai aumentar, então uma tiragem pequena já seria maravilhoso. Ficaria incrível.

Born Cartolla é o tipo de obra que eu mais gosto, bem formulada e bem executada. Apesar de já ter lido duas vezes, tenho certeza de que vou ler de novo.

Amei.

site: https://www.vailendo.com.br/2020/04/27/born-cartolla-hq-de-levi-tonin-resenha/
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Crônicas Fantásticas 15/09/2020

Born Cartolla
Resenha por Brena Gentil

Título: Born Cartolla | Autor: Levi Tonin | Editora: AVEC | Gênero: fantasia, mangá| Páginas: 408 | Ano: 2018 | Nota: 3 / 5

Galla Cartolla é uma misteriosa viajante mágica, cuja bagagem é apenas o chapéu. Perdida em trilhas mundo afora, sua jornada se vê em um ponto crucial ao encontrar Terry MAC Éan, um garoto cego, vítima da mais temida criatura mágica, a Sombra Absurda. Com seu sangue mágico, a jovem cura Terry, trazendo sua visão de volta. Prometendo apresentar a ele os mais diversos lugares pelo mundo, ambos partem numa breve viagem, mas que alterará todo o equilíbrio do mundo mágico. Amarrada a grandes decisões, influenciada por anseios insondáveis, Cartolla reascende ao universo viajante para evitar seu declínio total, enquanto Terry, vislumbrando o novo mundo, deseja abandonar a forma humana, se tornando viajante. Criaturas misteriosas, organizações revolucionárias mágicas, chapéus milagrosos, tudo vale no mundo mágico de Born Cartolla, onde só o inimaginável tem vez.

Viajantes, no mundo criado por Tonin, são uma espécie de humanos com poderes mágicos advindos da conexão com a natureza. Eles destroem as forças malignas, criadas a partir da mente humana, e percorrem o mundo todo em sua missão. Um viajante não tem lar, não pode ficar parado numa mesma região por muito tempo, ainda assim existe um refúgio onde eles podem se reunir esporadicamente.

Em Born Cartolla, vamos conhecer os feitos dos Viajantes através de Galla Cartolla, uma das Viajantes mais temidas e poderosas. A leitura é feita sob a ótica de Terry Mac Éan, um humano cego a quem Galla devolve a visão com seu sangue e que decide acompanhá-la em sua jornada.

Nesse universo, há uma disputa entre os que acreditam agir de acordo com os anseios da natureza e os que acreditam que podem dominá-la. A partir do momento em que esse plot é apresentado, e isso não tarda a acontecer, é só ação. E devido ao foco na ação, eu fiquei frustrada por não me afeiçoar a nenhum personagem. São muitas identidades envolvidas no conflito, mas o espaço é tomado essencialmente por Galla e um pouco por Terry e Gerrard.

Encantou-me o sistema de magia criado pelo autor, principalmente a característica da família de Galla, que obtém suas façanhas através das tatuagens em seu corpo. A premissa sobre o envolvimento com a natureza, o papel das pessoas no mundo e o perigo que os pensamentos humanos podem gerar foi um ponto alto. Mas senti falta de desenvolvimento, acho que a história correu demais. Ainda assim, é possível que essas lacunas sejam preenchidas por Tonin em outros mangás. Mesmo que Born Cartolla seja concebido para ser um volume único, creio que há como melhorar esse universo e conquistar novos leitores. As ideias desta obra são inovadoras, e os combates abusam da criatividade.

Talvez eu tenha me decepcionado porque esperava um mangá, e para mim, Born Cartolla é uma Graphic Novel. Eu adorei o traço do Levi, porém, em alguns momentos o traço se tornava muito apressado e negligenciava as feições e expressões humanas. A sequência de quadros, alguns diálogos com excesso de explicação que cobria quase toda a ilustração, a forma de usar onomatopeias, a ordem de leitura ocidental, os quadros com excesso de informação visual e uma arte repleta de hachura, tudo isso me afastou do conceito de mangá.

Ademais, foi uma ótima experiência de Graphic Novel, e eu espero que esse universo cresça, pois o Levi Tonin está apenas começando e tem muito a nos oferecer.

Interessou-se por algum dos títulos apresentados hoje? Você pode comprá-los na Amazon ou Avec Store.

Leia mais resenhas em cronicasfantasticas.com.br

site: https://cronicasfantasticas.com.br/2019/06/17/isaac-d-born-cartolla-resenha-dupla/
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Paulo 10/03/2019

Produzir um mangá longo feito por um brasileiro. Este foi o objetivo de Levi Tonim quando lançou sua campanha no Catarse. Aliás, uma campanha muito criativa com direito a várias artes bacanas lançadas durante todo o percurso. Os personagens eram apresentados, algumas imagens eram colocadas de modo a atrair vários apoiadores. A Editora Avec também teve uma boa parcela no sucesso do financiamento graças à divulgação nas redes sociais. O resultado é um material criativo, original e com uma arte competente que retrata uma história de ação e de aventura no mundo mágico dos viajantes.

O homem controla ou é apoiado pela natureza? Qual é a postura correta em relação aos nossos bens naturais? Partindo dessa pergunta básica, Levi Tonim traça a história de um mundo marcado pelos humanos e pelos viajantes. Estes últimos são seres que possui o dom de se conectar à natureza. Nunca permanecendo no mesmo lugar, eles percorrem o mundo aleatoriamente, aonde a natureza deseja que eles estejam. O papel deles é impedir que forças malignas destruam o equilíbrio do mundo. Mas, dentro dos viajantes existe um grupo que acredita que a natureza deve ser dominada e usada por eles por um propósito. Nada de seguir ao léu, dependendo da vontade de uma força caótica. Esse grupo vai buscar acabar com as forças que estão se opondo a eles.

Galla Cartolla é uma viajante em busca de sua missão. Ela vai parar em uma região afastada onde conhece um jovem irlandês que foi atacado por uma Sombra Absurda quando era menor. As Sombras se alimentam dos cinco sentidos das pessoas, matando-as no processo. Miraculosamente, Terry sobreviveu, mas perdeu os olhos. A protagonista se propõe a curar seus olhos em troca de saber qual é a direção para o caminho que ela está fazendo. Quando Terry recupera sua visão, ele decide seguir Galla para registrar todas as coisas do mundo que ele não foi capaz de ver. E assim começa a jornada desses dois heróis.

Gostei bastante da proposta temática do Levi. São poucos os mangás/quadrinhos que abraçam esse tema. E a maneira como o Levi fez gerou um belo mangá no estilo shounen (de luta). Me fez lembrar imediatamente de um mangá que eu adoro: Shaman King. A ideia da diferença entre viajantes e humanos foi muito bem trabalhada ao longo da narrativa e esta segue sendo bem coerente até o final. Existe aqueles momentos de jornada do herói quando este se perde, quando um deles precisa realizar um treinamento para ficar mais forte. Todos aqueles clichês são bem aproveitados pelo autor que entrega uma boa história. Meu único porém foi em vários momentos quando o autor é verborrágico demais. Acaba precisando explicar muito da sua história para que o leitor possa entender o que está acontecendo ou qual o conceito que ele está empregando. Quando a gente coloca palavras demais em um quadro, a gente acaba tirando o foco da arte e colocando na escrita. E a arte do Tonim é muito legal para se focar só na escrita. Nesses momentos, é melhor mostrar mais e explicar menos. Apesar de que há de se ter um bom equilíbrio nessa máxima.

Para quem curte um mangá de ação, Born Cartolla é muito eficiente. As cenas criadas pelo autor são repletas de detalhes e os Feitos vão ficando mais legais à medida em que a história avança. Chega a um ponto lá pela metade da história que as lutas são mortais com técnicas impressionantes sendo usadas pelos personagens. A própria ideia do Feito de que é preciso criar atalhos para usar as técnicas começa como algo estranho e complexo, mas pouco a pouco a gente vai compreendendo o funcionamento. Lá pela metade final, os combates se tornam surreais. O legal também são os enquadramentos empregados pelo autor: temos splash pages, páginas únicas, páginas com vários quadros, sequências de pontos de vista. Tem de tudo um pouco no mangá. Minha crítica fica em alguns momentos em que a arte está um pouco mais apressada do que o padrão. São alguns momentos. E isso acaba prejudicando a apreciação da arte e a fruição da narrativa. Momentos quando o rosto dos personagens não está bem acabado, ou a cena destoa da narrativa.

As pequenas falhas cometidas não comprometem o todo. É óbvio que, por ser uma obra de estréia, o autor iria cometer alguns erros. Nada que uma reflexão sobre os mesmos não possa ser feita e contribuir para melhorias. Vejo um cara muito talentoso que ainda tem um enorme caminho pela frente. E outra: observem o tamanho do mangá... São mais 400 páginas. Não me recordo de ter nada do tipo no Brasil feito por um autor nacional. O Tonim já entrou no meu radar de observação para outros trabalhos e espero ver coisas muito legais dele em breve.

site: www.ficcoeshumanas.com
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Estante do Luan 29/01/2023

Muito bom!
Born Cartolla foi uma ótima surpresa! Com personagens carismáticos e uma história envolvente, uma construção de mundo interessante e magia feita de uma forma não muito explorada em outras histórias!

Algo que não gostei muito foi o volume de texto em alguns capítulos, tendo muita informação de uma vez só, entendo que para a história continuar era necessário, mas em alguns momentos pontuais o excesso de texto interferiu muito no ritmo da história.

Em contrapartida o traço é muito interessante, rico em detalhes e muito expressivo, um belo trabalho em tons de cinza, só as proporções que as vezes me incomodaram um pouco, mas nada que me tirasse da história!

Se você procura por quadrinhos nacionais para conhecer, com certeza este vale a pena, é sem dúvidas uma história muito promissora que espero em breve ver um volume 2!
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Raposo 03/07/2023

"Essa é a pessoa da qual a natureza falou"
Acredito já ter dito isso antes, porém sempre me pego pensativo quando vou escrever um texto e não sei como iniciá-lo; muito porque sei que tenho coisa demais para falar, contudo não acho uma maneira de entrar no assunto sem soar repetitivo e Born Cartolla, que foi publicado pela @aveceditora, é o tipo de obra que quero evitar isso.

O que temos em mãos é um mangá brasileiro que, honestamente, entrega bastante dentro do que se propõe e consegue nos presentear com uma história envolvente, onde temos personagens que entregam aquilo que esperamos deles.

Toda ambientação criada pelo Levi Tonin é bem feita, assim como funcional dentro do universo que nos é proposto. Temos o melhor do Battle Shonen, contudo com toda uma ambientação mágica única, o que gera um charme a mais a toda narrativa.

Há um cuidado em estruturar tudo de uma forma que as 400 páginas passem de forma fluida e bem divertida.

Acredito que o único adendo é a arte que, em alguns momentos, pode soar poluída ou até meio destoante, porém não tira o brilho deste quadrinho que entrega muito em sua trama.

É o tipo de obra que recomendo para quem procura uma boa obra de luta, com um carisma único e personagens marcantes.
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Raposo 03/07/2023

"Essa é a pessoa da qual a natureza falou"
Acredito já ter dito isso antes, porém sempre me pego pensativo quando vou escrever um texto e não sei como iniciá-lo; muito porque sei que tenho coisa demais para falar, contudo não acho uma maneira de entrar no assunto sem soar repetitivo e Born Cartolla, que foi publicado pela @aveceditora, é o tipo de obra que quero evitar isso.

O que temos em mãos é um mangá brasileiro que, honestamente, entrega bastante dentro do que se propõe e consegue nos presentear com uma história envolvente, onde temos personagens que entregam aquilo que esperamos deles.

Toda ambientação criada pelo Levi Tonin é bem feita, assim como funcional dentro do universo que nos é proposto. Temos o melhor do Battle Shonen, contudo com toda uma ambientação mágica única, o que gera um charme a mais a toda narrativa.

Há um cuidado em estruturar tudo de uma forma que as 400 páginas passem de forma fluida e bem divertida.

Acredito que o único adendo é a arte que, em alguns momentos, pode soar poluída ou até meio destoante, porém não tira o brilho deste quadrinho que entrega muito em sua trama.

É o tipo de obra que recomendo para quem procura uma boa obra de luta, com um carisma único e personagens marcantes.
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