z..... 19/08/2019
HQ EBAL (Edição Maravilhosa 13 - 1ª edição - 1949)
A HQ está bastante tosca, tanto no roteiro (confuso para quem não leu o romance), quanto na concepção artística (começando pela capa, será que alguém consegue enxergar na moça uma sedutora cigana?).
Estranhamente comecei a curtir a HQ em seu desenrolar, afinal, grotesco é o que não falta nessa história. Ô povo de oito a oitenta em segundos! Quasímodo aclamado... Quasímodo condenado.... Esmeralda ovacionada pelo criativo show com sua cabra... Esmeralda condenada por feitiçaria... Sacerdote cristão... Sacertote criminoso... Povo cristão... Povo hipócrita...
Que horrenda sociedade! Fascinada pela condenação à morte e disposições injustas facim, facim...
Quasímodo tem também paralelo, num carisma sedutor ao leitor, transparecendo postura de mais caráter que muitos de seu meio, apesar do pré-julgamento a que estava sujeito...
O ponto alto na HQ é o confronto do corcunda com a turba alvoroçada pela morte da cigana, em que é um inusitado guerreiro do alto da Notre-Dame.
Estava curtindo a leitura, aos trancos e barrancos da adaptação tosca, mas aí... que ideia de mudarem radicalmente o final... De onde partiu isso? Não curti e nem dava, ainda mais por entender como influência equivocada que se difundia na percepção do romance.
Se é adaptação, que seja refletido na proposta... fielmente. Desfiguraram "O corcunda de Notre Dame"... Tiraram sua beleza.
Não curti.