nicolas 12/12/2022
essência maleável como a vida e a morte
Eu acho a introdução do Nanami e do Mahito extremamente interessantes nesse volume. A forma como o Nanami é mostrado, mesmo sendo mais novo que o Satoru, ele tem uma postura mais séria e uma visão de maior responsabilidade e, apesar dele ser enigmático ao mesmo tempo em que é de fácil compreensão, eu acho ele extremamente sensível na questão de colocar as crianças acima da própria segurança. Quando o Nanami luta com o Mahito e ele traz toda aquela discussão de corpo e alma e de como a forma da alma é que define o corpo e logo o Nanami notou que o Mahito é ? literalmente ? uma criança que nasceu da negatividade humana e está explorando os próprios poderes, porque é exatamente o que o Mahito é, pelo menos nesse ponto.
Outra coisa que eu gosto bastante nesse volume é a introdução do Junpei e todo o sentimento de desgosto que ele carregava sobre si e seus questionamentos sobre matar. No Junpei nós vemos uma pessoa em estado de vulnerabilidade, fácil de ser manipulada justamente por não estar acostumado a ser tratado de forma amigável, acho que isso contribui bastante para um rápido apego a pessoas que o tratam com o mínimo de decência.