Doomsday Clock

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Resenhas - Doomsday Clock


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César Belardi 21/06/2020

Conjunto da Obra.
Watchmen é praticamente um evento multicultural. Coloco no mesmo patamar de Star Wars, Star Trek, Harry Potter... difícil alguém não conhecer algum deles, ou ter ouvido falar. Pode até confundir o Coruja com o Batman, como fazem com Trek e Wars, mas logo alguém vai dar aquele toque amigo, bem discreto... "Darth Vader não fala Vida Longa e Próspera!"

Desde o final de 1986, os heróis problemáticos de Moore e Gibbons voltaram algumas vezes: Antes de Watchmen, O Filme, Os Quadrinhos Animados, A Série, O Relógio do Juízo Final... se esqueci algum, desculpe.

Todos foram marcantes ao seu modo. Não vou discutir de o filme é melhor ou pior que os quadrinhos, nem se a série bagunçou os novos quadrinhos... considero Watchmen como "Conjunto da Obra", como Star Wars (isso é para outro momento, prometo). Terminei "O Relógio" e fiquei com vontade de mais. Provocou bastante, em especial por relacionar três universos... sim, três. No último episódio há um texto, breve, que deixou uma pulga imensa atrás da minha orelha. Inevitavelmente, revi tudo, desde o início. Esse universo dos heróis humanizados, desajustados, foi feito como uma crítica, para incomodar, e cada uma das suas versões consegue cumprir seu objetivo. Não é uma obra perfeita, e dá total liberdade de ficar apenas na afetividade. Podemos não gostar de alguma versão, ou de todas, assim como podemos passar anos estudando cada nuance de suas páginas. O fato é que se tornou referência.

Parece oportuno, por exemplo, rever o seriado depois do último 25 de Maio nos Estados Unidos. Também é interessante observar como as motivações dos personagens originais tornam-se mais ou menos compreensíveis com a passagem do tempo. As ideias pseudo humanitárias de Ozymandias transitam da loucura para uma estratégia pacifista intimidadora a cada nova década pela qual passa. Discutir a sanidade, moral e ética de Rorschach são pontos de partida para muitas horas de conversa prazerosa.
Fico na expectativa de uma nova leitura que virá, impressa ou filmada, e como esse universo vai representar nossa realidade que, ultimamente, parece muito mais surreal do que um megapoderoso ser azul que ignora vestuário.
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