Cast 13/03/2024
"Então é só destruir isso. É só destruir tudo."
Capa: Te falar, a primeira vista, eu achei bem ruinzinha. Talvez a combinação de cores com o traço menos característico na cara do Deku me fizeram torcer o nariz. Mas observando melhor, eu curti a ideia das faixas e curti também a Liga de cabeça pra baixo aí. Talvez se buscassem uma coloração mais suave, e não esse amarelo/laranja, eu curtisse mais.
Nota da capa: 6/10
Volume 23 corresponde aos capítulos de 213 ao 224.
E lá vem o navio do protagonismo, todos a bordo!
Já faz uns anos que eu li esse trecho, e eu ainda fico meio em cima do muro sobre o que pensar sobre esses upgrades que o Horikoshi da ao Midoriya. No começo, a ideia era de um garoto sem poderes reconhecido pelo maior herói de todos, no capítulo seguinte já muda tudo e agora esse garoto vai herdar o poder do maior herói. Mas até ai tudo bem, não é de uma hora pra outra, houve e está tendo toda uma construção cuidadosa sobre o uso do One for All e como o Deku tem que se esforçar MUITO pra conseguir usa-lo. Porém, chegou nessa hora que de repente agora o Deku tem 7 individualidades ou mais. Acho que como o autor pretende escalonar o poder do vilão mais pra frente, agora ele precisa deixar o Midoriya a altura desse potencial. E isso eu acho meio paia, me da flashbacks de guerra do Naruto tirando poder do nada no último minuto.
Por outro lado, eu curto muito a lore do One for All e como ele vai armazenando os dons a medida que passa de um para outro. E também porque isso foi revelado num treinamento e não numa luta de verdade, quando tudo está perdido e surge do nada uma salvação.
Em resumo, eu não curto a ideia, mas o Horikoshi executa tão bem, que me faz dar uma chance e considerar que isso pode ser uma boa escolha.
Mas, seguindo com o volume.
A última luta termina de forma ok, Shinso tem muito potencial e gostei como ele fica meio atônito com o feedback de todo mundo. O poder novo do Deku, esse chicote negro, pode dar uma boas ideias de cenas de ação, não vou dizer que estou ansioso pelos próximos porque como eu já li mais pra frente, ACHO que sei de quase todos que vem por ai.
O interlúdio, com a Eri (fofa demais) e o Monoma é interessante, lembro que na época que o poder dele foi revelado, muito se teorizou se ele não poderia fazer isso, e é bom ver o autor já colocando isso imediatamente. Também é muito bacana o conceito de poderes que não dá pra copiar, já que depende de absorção de energia, ou tempo de carregamento. E toda essa sessão dos heróis termina com o Bakugou e o Todoroki finalmente com suas licenças, numa ótima cena de resgate e luta na rua.
Virando a moeda, temos o começo dessa saga com enfoque na Liga dos Vilões. Acho que vou deixar pra falar mais disso no próximo volume, mas eu sempre curti muito como o Horikoshi busca desenvolver ambos os lados sempre que possível e como existe um certo espelhamento na jornada do Deku e do Shigaraki. A cena do All for One abraçando o pequeno com a frase "Eu estou aqui" é fortíssima. E gosto de ver como esse grupo disfuncional se relaciona, com alguns questionando, alguns só fazendo o que quer e etc.
Bom volume, com grandes expansões na história e muito potencial por vir, num próximo arco de verdade, depois do treinamento.
Nota: 8/10